O povo de Israel estava vivendo longe de sua Pátria. As principais autoridades tinham sido levadas a força para a Babilônia e por lá permaneceram por 70 anos.
Com o tempo esse povo começou a duvidar do poder de Deus e começou a adorar os deuses do povo estrangeiro. Começaram a pensar assim: Se Deus tivesse todo esse poder certamente não deixaria que a gente fosse escravizado ou, certamente já nos teria livrado desse sofrimento que nos aflige há tantos anos. Será que nunca caímos em tentação semelhante?
O que eles esqueceram é que seu sofrimento era resultado de sua desobediência a Deus. Era resultado de suas más escolhas.
O que eles esqueceram é que foram prevenidos várias vezes pelos profetas que se continuassem a viver sem transformar suas vidas, viria o sofrimento.
Agora eles querem fugir do sofrimento negando sua fé, justamente Naquele que os está corrigindo e certamente tem poder para livrá-los do sofrimento.
Assim como o castigo (ou a cadeirinha de pensar) servem para que nossos filhos reflitam nas suas escolhas e atitudes, o agir de Deus visa reconduzir seu povo junto a Ele no caminho da verdade e da justiça.
Por isso, o mesmo que Deus que permitiu o Exílio Babilônico é aquele que vai providenciar meios para que seu povo volte a Israel e reconstrua cidade de Jerusalém e templo. Deus fez isso através do Rei Ciro, que derrotou a Babilônia e permitiu a volta do povo a Israel e ainda ajudou na reconstrução do templo e da cidade.
Talvez a gente pense: Que história interessante. Mas o que isso tem a ver com a gente? Nós não estamos numa condição semelhante. E também nós não somos e nunca fomos idólatras. Então eu pergunto: Será mesmo?
Talvez a gente não se ajoelhe diante de um ídolo feito por mãos humanas ou diante de qualquer outra imagem. O problema é que hoje existe outro ídolo que toma conta de nossos lares sem percebermos. É o ídolo chamado consumo. Pergunto: Das coisas que você tem em casa; do que você realmente necessita?
Quanta coisa dispensável temos ao nosso redor? Coisas que só ajudam a consumir os recursos do planeta e depois poluí-lo, pois não sabemos o que fazer com tanto lixo que produzimos.
Por isso quero alertar que a questão da idolatria é muito mais complexa do que parece a primeira vista: Lutero já dizia: “Assim, ter um Deus significaria: confiar-se a ele e crer nele de todo o coração. Já o disse repetidas vezes: a confiança e a fé podem ser tanto em um ídolo como em Deus.”
Pense naquilo que você mais valoriza. Isso é visto como um presente de Deus ou é o centro de sua vida e de sua atenção?
Quer exemplos: Como você vê seu corpo, sua sexualidade, sua família, cônjuge, filhos, filhas, outros familiares, emprego, estudo, balada, time do coração (***)partido político, dinheiro, bens?
Através desses poucos exemplos percebemos que não estamos imunes a ação dos ídolos. Porque ídolos são criações nossas para substituir Aquele que não pode ser substituído.
Que Deus nos dê a clareza necessária para colocá-lo ou recolocá-lo no trono também em nossa vida. Porque no Universo Ele está no trono. Ninguém se engane ou se iluda pensando que ele perdeu o controle.
Quem perdeu o controle fomos nós que recebemos a incumbência de cuidar da magnífica criação de Deus que inclui a natureza e nossas vidas.
Feliz a pessoa que se dá conta disso e se volta para Deus. Só ali ela encontrará as respostas que busca e a verdadeira vida. Uma ótima semana a todos. Amém.
A fé não pode aderir ou agarrar-se a qualquer coisa que tem valor nesta vida, mas rompe os seus limites e se agarra ao que se encontra acima e fora desta vida, ao próprio Deus.