O poder de Deus

27/07/2011


Leitura de Isaías 44. 6-8

O povo de Israel estava vivendo longe de sua Pátria. As principais autoridades tinham sido levadas a força para a Babilônia e por lá permaneceram por 70 anos.

Com o tempo esse povo começou a duvidar do poder de Deus e começou a adorar os deuses do povo estrangeiro. Começaram a pensar assim: Se Deus tivesse todo esse poder certamente não deixaria que a gente fosse escravizado ou, certamente já nos teria livrado desse sofrimento que nos aflige há tantos anos. Será que nunca caímos em tentação semelhante?

O que eles esqueceram é que seu sofrimento era resultado de sua desobediência a Deus. Era resultado de suas más escolhas.

O que eles esqueceram é que foram prevenidos várias vezes pelos profetas que se continuassem a viver sem transformar suas vidas, viria o sofrimento.

Agora eles querem fugir do sofrimento negando sua fé, justamente Naquele que os está corrigindo e certamente tem poder para livrá-los do sofrimento.

Assim como o castigo (ou a cadeirinha de pensar) servem para que nossos filhos reflitam nas suas escolhas e atitudes, o agir de Deus visa reconduzir seu povo junto a Ele no caminho da verdade e da justiça.

Por isso, o mesmo que Deus que permitiu o Exílio Babilônico é aquele que vai providenciar meios para que seu povo volte a Israel e reconstrua cidade de Jerusalém e templo. Deus fez isso através do Rei Ciro, que derrotou a Babilônia e permitiu a volta do povo a Israel e ainda ajudou na reconstrução do templo e da cidade.

Talvez a gente pense: Que história interessante. Mas o que isso tem a ver com a gente? Nós não estamos numa condição semelhante. E também nós não somos e nunca fomos idólatras. Então eu pergunto: Será mesmo?

Talvez a gente não se ajoelhe diante de um ídolo feito por mãos humanas ou diante de qualquer outra imagem. O problema é que hoje existe outro ídolo que toma conta de nossos lares sem percebermos. É o ídolo chamado consumo. Pergunto: Das coisas que você tem em casa; do que você realmente necessita?

Quanta coisa dispensável temos ao nosso redor? Coisas que só ajudam a consumir os recursos do planeta e depois poluí-lo, pois não sabemos o que fazer com tanto lixo que produzimos.

Por isso quero alertar que a questão da idolatria é muito mais complexa do que parece a primeira vista: Lutero já dizia: “Assim, ter um Deus significaria: confiar-se a ele e crer nele de todo o coração. Já o disse repetidas vezes: a confiança e a fé podem ser tanto em um ídolo como em Deus.”

Pense naquilo que você mais valoriza. Isso é visto como um presente de Deus ou é o centro de sua vida e de sua atenção?

Quer exemplos: Como você vê seu corpo, sua sexualidade, sua família, cônjuge, filhos, filhas, outros familiares, emprego, estudo, balada, time do coração (***)partido político, dinheiro, bens?

Através desses poucos exemplos percebemos que não estamos imunes a ação dos ídolos. Porque ídolos são criações nossas para substituir Aquele que não pode ser substituído.

Que Deus nos dê a clareza necessária para colocá-lo ou recolocá-lo no trono também em nossa vida. Porque no Universo Ele está no trono. Ninguém se engane ou se iluda pensando que ele perdeu o controle.

Quem perdeu o controle fomos nós que recebemos a incumbência de cuidar da magnífica criação de Deus que inclui a natureza e nossas vidas.

Feliz a pessoa que se dá conta disso e se volta para Deus. Só ali ela encontrará as respostas que busca e a verdadeira vida. Uma ótima semana a todos. Amém.

P. Carlos Frühauf – Chapada/RS


Autor(a): Sínodo Planalto Rio-grandense
Âmbito: IECLB / Sinodo: Planalto Rio-Grandense
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 7807
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Louvem o Senhor pelas coisas maravilhosas que tem feito. Louvem a sua imensa grandeza.
Salmo 150.2
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