No último final de semana as lideranças de jovens e futuros líderes do sínodo se encontraram em São Paulo para mais um encontro de formação.
Com a presença de 16 jovens da UP São Paulo e Núcleo Rio, tivemos ótimos momentos de profundo aprendizado: primeiramente um plano de fundo utilizando a data histórica da Independência do Brasil, que, como ato revolucionário, abriu portas para uma série de direitos e avanços no nosso país. Tivemos como inspiração o trecho abaixo retirado do texto de 2009 do pastor Pedro Puentes Reyes, quando então era ministro na Paróquia Ev. Lut. no Vale do Paraíba - SP:
“Pois o Ano da Libertação é sagrado para o povo” (Lv 25.12a)
Um dos nomes dados para os herdeiros da reforma, liderada por Lutero, entre outros, foi o de Protestantes. A expressão surge por causa do protesto dos príncipes governantes perante o Imperador Carlos V que buscava a unidade política pela unidade da fé cristã, segundo o rito romano. (...) Desde então, em parte, o protestantismo ficou configurado como: resistência, protesto e proposta.
Agora, buscando vincular a herança protestante com a data cívica da Independência do Brasil, perguntamos: Será que o protestantismo no Brasil, na sua dimensão de resistência, protesto e proposta, acabou na Independência em 1822? Será que as liberdades conquistadas desde a Independência - passando pela Proclamação da República em 1889 - até hoje tornaram o protestantismo caduco? Será que os protestantes devem ser considerados peças de museu?
Seguindo esse pensamento tivemos uma palestra sobre protagonismo feminino, ministrada pela líder jovem Débora Ludwig.
Débora nos levou a conhecer as mulheres reformadoras, que também lutaram e se impuseram, dando o devido crédito para que possamos entender que devemos tanto a elas, quanto aos reformadores, por estarmos aqui nos denominando protestantes.
A segunda palestra foi sobre proclamar libertação, ministrada pelo pastor Felipi Bennert, da paróquia de Santos-SP. Entender do que somos livres, para o que temos essa liberdade e como espalhar isso para os nossos grupos, a fim de que realmente possamos vivenciar essa liberdade de forma verdadeiramente cristã e mudar as vidas dos nossos jovens.
Os jovens também tiveram palestras sobre as diretrizes da Juventude Evangélica, aprendendo sobre o suporte normativo que rege as ações do CONAJE, dos COSIJEs e CONPAJEs da nossa igreja, feitas pelos coordenadores do COSIJE, Carlos Mariano e CONPAJE-SP, Arthur Rocha.
Tudo terminou no culto com Santa Ceia com a participação dos jovens e do pastor Tiago Jaske, da paróquia de Guarulhos.
Por fim foi nítido o sentimento de capacitação e cooperação que se instalaram nos participantes. Por tudo isso agradecemos imensamente a Deus que nos ajudou nesse evento. Aos palestrantes que doaram seu tempo e disposição e a todos que participaram, em especial ao CONPAJE-SP que elaborou e coordenou o evento.
Texto: Artur Rocha, fotos: Gabriel Soares