Diaconia - A fé ativa pelo amor



ID: 2660

Solidariedade

09/02/2009

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O que é solidariedade? Segundo o dicionário, significa um sentimento de simpatia, ternura ou piedade pelos pobres, desprotegidos, injustiçados, etc. Muitas vezes, a solidariedade é entendida como algo eventual revertida para alguém que necessita naquele momento, e só. Para nós cristãos, isso não deve ser algo eventual, mas sim permanente. Ouvir e ler o Deus tem para nos dizer é muito importante, mas não vale de nada se não colocamos em prática no nosso dia a dia. Do contrário, será que podemos realmente dizer que somos cristãos.

Na vida cristã, solidariedade leva o nome de fraternidade, já que somos filhos do mesmo Deus, visto como Pai, conforme lhes ensinara Jesus. A partir daí, temos uma sociedade com base na igualdade, vinculados a um propósito comum, pois cremos num só Deus. Ou seja, com isso caímos nos modelos das sociedades comunitárias, onde os bens são repartidos para o uso comum e tudo se realiza coletivamente, com base na cooperação.

Nós como comunidade cristã, também devemos praticar isso, tendo como base alguns princípios do “ser solidário”, como: não indiferença; aceitação da diferença; doação/concessão/espera; aprendizado/mudança.

Solidariedade designa uma assistência mútua em circunstâncias difíceis. Há irredutivelmente, dependência recíproca entre elementos de uma sociedade, o que acaba por designar o caráter de uma obrigação se levarmos em conta o dever moral ou mesmo apenas a consciência moral social, e enquanto seja comum a diversas pessoas, respondem cada qual por tudo.

Depois de fazer essa pequena reflexão sobre solidariedade, lembro-me de que muitas vezes ela vem da onde menos esperamos. Será que isso é bom ou ruim? Com certeza só pode ser bom, porque desta maneira percebemos os anjos que existem em nossas vidas. Alguns anos atrás, mais precisamente, em 2006, uma catástrofe atingiu vários países asiáticos, o conhecido “Tsunami”. O grupo de Moradores de Rua não pensou duas vezes em fazer uma troca: eles ficam uma semana sem ticket, e todo o dinheiro vai à compra de água aos atingidos pela catástrofe. Realmente, foi um ato que espantou muitos, e alegrou a maioria.

Em novembro de 2008, o estado de Santa Catarina sofreu uma das maiores catástrofes naturais da história. As enchentes afetaram em torno de 60 cidades e mais de 1,5 milhões de pessoas em todo o estado. Com tanto sofrimento e perdas, o Brasil inteiro não hesitou em ajudar. Todos contribuíram da maneira como podiam, e o nosso grupo de Moradores de Rua não deixou essa oportunidade passar. Da mesma forma que 2006, eles ficaram uma semana o seu ticket, e o dinheiro foi revertido para a reconstrução de Santa Catarina.

Pensando nessas situações, lembro-me de inúmeras cenas que o povo da rua passa. A maioria vive na invisibilidade, espalhados pelos cantos da cidade, formando uma massa silenciosa, da qual a sociedade se acostumou a ignorar. Eles não são vistos, mas eles nos vêem. Atentos a tudo que acontece no mundo, eles queriam ajudar o povo que sofria em Santa Catarina. Ninguém melhor do que eles para saber o que é não ter onde dormir, ou o que comer.

Reflitam sobre isso... A solidariedade não é apenas bens materiais, mas também amor e atenção. “Porque no evangelho é revelada, de fé em fé, a justiça de Deus, como está escrito: Mas o justo viverá da fé”, Romanos 1.17.

Texto e Fotos: Débora Ludwig


Autor(a): Paróquia São Paulo - Centro
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste / Paróquia: São Paulo - Centro (SP)
Área: Missão / Nível: Missão - Diaconia
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 8429

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