POR QUE AGROECOLOGIA?
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O programa Comida boa na mesa traz dicas técnicas e o faça você mesmo, promovendo a agroecologia e um mundo melhor e sustentável. É produzido pelo Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia, o CAPA, integrado à Fundação Luterana de Diaconia e vinculado à Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil.
Há algum tempo, a agricultura convencional agroquímica vem dando sinais da sua inviabilidade econômica e da sua insustentabilidade ambiental. São comuns, ao longo de um ano agrícola, as notícias e denúncias sobre desmatamentos, queimadas, intoxicações de pessoas, contaminação de água e alimentos.
Há mais de uma década, o desaparecimento das abelhas e consequente perda do serviço ambiental da polinização, para a flora em geral e em particular para a agricultura, têm preocupado autoridades ao redor do mundo.
Sob o argumento de acabar com a fome no mundo, destrói-se a Amazônia, o Cerrado, o Pampa, e a Mata Atlântica já foi faz tempo. Toma-se reservas, terras e territórios da União, dos índios, quilombolas, ribeirinhos, e povos tradicionais em nome do agronegócio. O resultado é a destruição da biodiversidade, da segurança alimentar, das tradições, da cultura e do conhecimento, para termos no final comida e águas contaminadas e o aumento da fome.
A agroecologia é necessária para recuperar biomas, preservando sociobiodiversidade, exercitando uma agricultura menos agressiva ao meio ambiente. , com promoção social e geração de renda, sobretudo aos mais necessitados, viabilizando a oferta de alimentos e água sem contaminação.
Existem dificuldades a serem superadas nesta caminhada para uma agricultura limpa, porém já temos acumulo suficiente (conhecimento, tecnologias, insumos e mercados) para “apertar o passo” na sua direção.
Mais importante do que “como chamamos o que fazemos”, é ter princípios claros que norteiem a nossa prática, ou seja, “saber pra onde vamos e fazer o que pregamos”. Uma agricultura limpa e sustentável não é uma responsabilidade apenas dos agricultores familiares, mas de todas cidadãs e cidadãos.
As nossas ações devem buscar a integração entre as dimensões econômicas, cultural, social, política, ambiental e espiritual visando o bem estar das pessoas.
Portanto para além da produção agrícola temas como a organização, cooperação, agroindústrias, gestão, comercialização, saúde, alimentação e formação entre outros estarão presentes em uma extensão rural que considera a agroecologia um caminho para uma agricultura limpa e socialmente mais justa.
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