ADUBAÇÃO VERDE
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O programa Comida boa na mesa traz dicas técnicas e o faça você mesmo, promovendo a agroecologia e um mundo melhor e sustentável. É produzido pelo Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia, o CAPA, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil.
A adubação verde é uma prática de cultivo de plantas com elevado potencial de produção de biomassa vegetal, podendo ser semeada em rotação, sucessão ou consórcio com espécies de importância econômica. Essas podem ser incorporadas ao solo ou deixadas na superfície, melhorando a capacidade produtiva do solo, aumentando sua fertilidade, aumentando a produção, proporcionando maior renda a agricultoras e agricultores e criando o seu próprio banco de sementes, reduzindo ou excluindo os custos com adubos químicos.
Algumas vantagens da adubação verde:
- dificultar ou impedir a germinação de sementes de plantas espontâneas, ativando a vida do solo, favorecendo a reprodução e multiplicação de microorganismos benéficos às culturas agrícolas;
- manter a umidade do solo, diminuindo as perdas por evaporação; aumentar a infiltração de água no solo, diminuindo o escorrimento superficial;
- descompactar o solo e aumentar a matéria orgânica;
- impedir o impacto direto das gotas de chuva sobre o solo.
As espécies utilizadas para a adubação verde devem ser rústicas e bem adaptadas a cada região, para que descompactem o solo com suas raízes e produzam grande volume de palhada. Isso melhora a matéria orgânica, que é a melhor fonte de nutrientes para a planta. Algumas das principais espécies de adubação verde são as leguminosas de verão, como as crotalárias, mucunas, guandus e feijão de porco. E ainda leguminosas de inverno, como os tremoços e as ervilhacas, com capacidade de fixar no solo altas quantidades de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre para as culturas agrícolas seguintes.
É importante ressaltar o uso de coquetéis ou misturas de espécies, com diferentes funções, como o uso de leguminosas, juntamente com gramíneas com alta produção de palhada, como as aveias ou azevéns, e ainda o uso de espécies descompactadoras de solo, como o nabo forrageiro. O manejo das espécies varia conforme a estação do ano ou condição climática do local.
O Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia, o CAPA, incentiva o uso de adubações verdes, assim como a produção própria de sementes por agricultoras e agricultores agroecológicos. Acompanha os mais diferentes arranjos produtivos, desde rotações de cultura em lavouras de grãos, consórcios e rotações com olerícolas, consórcios em pomares de citrus, abacaxi, banana e erva-mate, e, mais recentemente, a experiência de sucesso, em cultivo consorciado de milho e guandu, para silagem.
Para outras informações acesse: www.capa.org.br
Bom trabalho!