Auxílios Homiléticos - Proclamar Libertação



ID: 2911

Marcos 12. 1-12

Auxílio Homilético

03/03/1985

Prédica: Marcos 12. 1-12
Autor: André Droogers
Data Litúrgica: Domingo Reminiscere
Data da Pregação: 03/03/1985
Proclamar Libertação - Volume X


l — Observações gerais

1. A parábola dos lavradores maus faz parte do relato de Marcos sobre o terceiro dia que Jesus passa em Jerusalém depois da entrada triunfal. Ela encerra a primeira de quatro conversas de Jesus com representantes das várias categorias do clero judaico. A parábola é contada em resposta à pergunta dos principais sacerdotes, dos escribas e dos anciãos pela autoridade de Jesus. Ela complementa, com seu discurso narrativo e velado, a confrontação mais direta da perícope anterior (11.27-33). Nas outras conversas Jesus é indagado acerca da sua opinião sobre o tributo a César, a ressurreição e o principal mandamento.

2. Esta parábola é considerada a mais difícil de todas. Na literatura exegética há muita polémica a seu respeito. A pergunta mais debatida é a seguinte: Esta parábola poderia ter acontecido na vida real? Ou seria melhor ver nela uma história artificial e puramente alegórica, contada em função da mensagem implicada nela? Alguns autores que defendem a segunda intepretação, apontam para algumas improbabilidades que outros vêem como acontecimentos que poderiam ter tido lugar na época, mesmo que não se trata de eventos comuns. A meu ver, nenhum dos dois lados nesta polêmica oferece argumentos convincentes que eliminam toda a dúvida em relação à pergunta levantada.

Creio que, mesmo que a parábola corresponda a uma certa realidade, não podemos deixar de lado o caráter literário do texto. Este é exemplo de uma certa categoria de literatura popular. Não é reflexo fotográfico. Sua forma determina em parte o conteúdo e assim a imagem esboçada de uma certa situação. Como a mensagem evangélica tem as suas improbabilidades, pois ela não obedece aos critérios da realidade humana, também por isso a parábola não pode ser tão realista.

O difícil não é apurar se a história é realista, mas se ela foi bem contada. O problema desta parábola é que ela logo desvenda o seu significado mais profundo, apesar do segredo messiânico que caracteriza o Evangelho de Marcos. Suas improbabilidades destacam o caráter alegórico. Na parábola bem contada há um equilíbrio delicado entre história e moral. Contar parábolas é um joguinho, às vezes bastante humorístico, com suas regras específicas. É uma maneira de brincar com símbolos, preparando uma armadilha para o ouvinte que se deixa prender pela lógica realista da história contada. A armadilha funciona melhor se os acontecimentos relatados parecem mais reais. Por isso, também, nem todos os elementos incluídos na parábola precisam significar algo mais do que é exigido pela lógica da história. Servem à armadilha, não à moral.

3. Uma outra questão amplamente debatida na literatura tem a ver com a pergunta pela origem da parábola. Foi Jesus quem a contou? Ou ela é produto das primeiras comunidades e por isso já influenciada por sua teologia? A versão que Marcos dá é a mais antiga ou existia outra mais original que ele mudou? Se Marcos mudou ou acrescentou algo, o que foi? Já que Lucas dá um relato, estilisticamente falando, mais simples e conforme com as supostas regras deste género de literatura, é possível dizer que, desta vez, ele tem a versão mais original? Ou seu relato é uma reconstrução do original, baseado em Marcos? Aqui, também, nenhum autor oferece a resposta definitiva. Para fins homiléticos este problema é menos interessante do que a primeira pergunta, que tem diretamente a ver com a nossa maneira de contar a parábola na prédica.

4. Uma dificuldade que senti no texto é que ele pressupõe uma sociedade feudal e em nenhum momento a critica. Ao contrário, o dono dos meios de produção vence os que vivem da venda da sua força de trabalho e que se revoltaram contra ele. São meeiros que querem se tornar donos da terra na qual trabalham. Por que Jesus, que acaba de agir contra o poder económico do templo e a exploração da religiosidade popular, perde a oportunidade de criticar uma outra forma de exploração?

Seria um erro pensar que a relação patrão-meeiro é legitimada por esta parábola. Não é assim que tudo que consta na Bíblia só por isso vira critério. Também não fazemos isso com as menções de embriaguez, assalto ou adultério. Outrossim, a atitude de Jesus face à riqueza é conhecida e pressuposta. Se encaramos a parábola como um jogo de significados, a pergunta deve ser o que a parábola quer dizer. Quais os significados selecionados em função da mensagem a ser transmitida? A situação feudal não é a mensagem, mas serve para explicar outra coisa. Visto assim, é irónico que Jesus critique os líderes por meio de um exemplo — talvez um tanto artificial e construído, talvez real embora raro — encontrado na ordem social em vigor, que eles aceitam como normal. Este aspecto reforça o caráter de armadi¬lha que a parábola tem. E mostra que mesmo relações pecaminosas, fetichistas (o patrão e o meeiro se relacionam através de mercadoria), servem para criticar os líderes da sociedade.

5. Uma última observação geral tem a ver com a composição do texto. Os vv. 1a e 12 colocam o quadro geral em que a parábola é contada. A parábola começa em 1 b e vai até 9. Os vv. 10 e 11 oferecem uma intepretação complementar. A maneira de contar a parábola é típica e obedece a certas normas: os acontecimentos levam a um clímax; o narrador se serve da repetição, como técnica para aumentar o suspense; há uma alternância de cenas e de atores principais, a qual sustenta a contraposição entre a boa vontade e a reação violenta.

Esquematicamente:

[ Veja esquema anexo.]

II - O texto

V. 1: Na Galiléia, região de latifúndios e absenteísmo, por onde Jesus passou (Mc 1 a 9), a situação aqui descrita era normal. A corte distribuía as glebas. Juridicamente falando, o caso de arrendamento não era sempre sem ambiguidades. O que tinha sido combinado, por exemplo, para os quatro primeiros anos, quando a vinha ainda não dava frutos? A ausência do dono não facilitava a comunicação e fazia com que os arrendatários pudessem se comportar como se fossem os donos.

Os detalhes no relato da preparação da vinha servem para mostrar que se trata de um investimento grande, o que justifica o direito do dono a receber a sua parte da colheita.

Quanto à suposta alegoria escondida neste versículo, os auto¬res divergem de opinião. A descrição da preparação da vinha seria uma referência a — ou até uma citação de — Is 5.1,2. Lá a vinha é Israel. Na parábola os lavradores seriam Israel, ou melhor, conforme o v. 12, os seus líderes. Por isso, o texto mencionaria mais de um lavrador. A vinha, porém, seria o Reino de Deus, ou, segundo outra sugestão, tudo que foi confiado a Israel: a lei, a promessa, a posição de povo eleito. Alguns vêem na sebe um símbolo da lei. A torre representaria o templo. Seja como for, a vinha é uma imagem comum na Bíblia, e várias vezes, quando aparece, é num contexto em que se fala do juízo. Já outros não vêem na vinha outro significado do que aquele que 6 necessário para contar a história. Esta opinião corresponde a uma leitura realista da parábola.

O dono ausenta-se do país, quer dizer, da Galiléia — na época de Jesus uma região politicamente autônoma. O que significa a ausência do dono (se significa algo mais do que é necessário para contar a parábola)? Alguns exegetas não entendem como Deus possa ser considerado ausente, e por isso não dão valor alegórico a este elemento da parábola. Mas outros falam na distância entre Deus e o ser humano, ou na relativa autonomia dos seres humanos, ou ainda na crise da fé que não sente a presença de Deus.

V. 2: No tempo da colheita: depois de 4 ou 5 anos (cf. Lv 19.23s). Os frutos da vinha: trata-se, provavelmente, não só de vinho ou de passas, mas também de trigo, figos e azeitonas, produtos comuns das vinhas da época. No nível da alegoria, os frutos podem se referir à obediência, à justiça ou à esperança alimentada pela promessa.

Vv. 2-5: O papel do servo — como o dos demais mencionados depois — seria uma referência à atuação dos profetas, precursores do profeta escatológico Jesus. Aliás, no AT vários profetas foram chamados de servos. O tratamento reservado aos servos do dono da vinha, foi a sorte de muitos deles também.

V. 3: O que os lavradores fazem com o servo é descrito com um certo destaque. A repetição nos versículos seguintes e a agravação da reação dos lavradores reforçam esta ênfase.

V. 5: A morte do terceiro servo seria, do ponto de vista da técnica literária, um erro, pois diminui o impacto da morte do filho do dono (v. 8). O fato de que o v. 5b fala de muitos outros enviados pode, por razões idênticas, estranhar. Marcos poderia ter acrescentado esta parte, pecando assim contra a regra da tripla repetição, que Lucas (20.12) respeita. Por outro lado, esta parte reforça a referência aos profetas, que eram mais de três. Outrossim, a paciência do dono — de Deus — é enfatizada. Por razões alegóricas, o dono se comporta de uma maneira que na vida real seria tachada de irresponsável ou ingênua. É esta a maior improbabilidade da parábola.

A repetição exclui qualquer simpatia que o ouvinte ainda possa sentir para com os lavradores.

V. 6: O filho teria tido mais autoridade jurídica do que os servos. O texto fala em filho amado, o que pode ser uma referência a Mc 1.11 e 9.7. O filho é o protótipo de herdeiro da promessa de Deus, mensageiro que anuncia o domínio de Deus. Esta parte da pa¬rábola é a resposta à pergunta pela autoridade de Jesus.

A reação esquisita do dono é explicada por alguns autores a partir da falta de um bom exercício do poder judiciário. Me parece difícil defender uma leitura realista desta parte da parábola. A paciência de Deus é tão incompreensível que não pode ter equivalente na realidade humana.

V. 7: Os tais lavradores: a expressão cria uma distância entre os ouvintes e estes personagens da parábola. Este é o herdeiro: não contam mais com o pai, o que parece ilógico na realidade, mas é necessário para a lógica da parábola e a sua mensagem. Matemo-lo: seria uma referência a Gn 37.19, história de José, outro filho amado (o v. 8 corresponderia a Gn 37.24). O martírio dos servos e do filho é um tema mais importante do que a entrega dos frutos da vinha. Aliás, quando vem o dono, não se fala mais neste assunto.

Segundo alguns autores, o arrendamento criou nos arrendatários a expectativa de que, pela usucapião, aos poucos se tornariam donos. Pela ausência do dono, o sistema feudal perdeu algo da sua rigidez. Neste vácuo os lavradores tomam a sua iniciativa. Além disso, uma regra existente permitia que a propriedade de um prosélito desaparecido passasse para o primeiro que a confiscasse. Por isso, pensam em matar o filho, pressupondo que o dono não vivia mais.

No nível da alegoria, ser dono seria igual a ser como Deus. Ou, segundo outra intepretação, seria uma maneira de guardar a promessa para si, sem compartilhá-la com os gentios.

V. 8: Este versículo tem a mesma estrutura que o v. 3. Mateus e Lucas têm a ordem inversa, por exemplo: lançaram-no fora e o mataram. Esta formulação corresponderia melhor à morte de Jesus fora da cidade. O fato de atirarem o corpo para fora da vinha é praticamente uma violação do cadáver. O narrador apresenta os lavradores como pessoas inumanas, como querendo eliminar um eventual resto de simpatia para com eles.

Nenhuma comparação é perfeita: a parábola, falando da morte do filho, não faz nenhuma alusão à morte de Jesus como remissão dos pecados do mundo.

V. 9: A pergunta obriga o ouvinte a tirar suas conclusões, mesmo que o narrador dê a resposta (algo raro quando Jesus conta parábolas). Virá é uma referência à dimensão escatológica do texto. Assim exterminará lembra o juízo. Passará a vinha a outros pode ser uma referência aos apóstolos como novos líderes, ou aos gentios e às primeiras comunidades como novos herdeiros da promessa. Deste modo, a parábola não só responde à pergunta pela autoridade de Jesus, mas justifica igualmente a autoridade das primeiras comunidades de gentios cristãos. Está subentendido, porém, que para os novos lavradores, a vinha também não pode ser propriedade exclusiva.

Alguns autores comparam o que acontece nesta parábola com Is 5.5,6. Lá a vinha é destruída por não dar frutos. Aqui ela dá frutos que, contudo, não são entregues, e por isso a vinha é passada a outros. A exterminação dos lavradores pode ter sido uma referência à destruição do templo.

V. 10 e 11: No v. 9 o discurso já mudou de caráter pela pergunta que encerra a narração da parábola. Aqui o tipo de discurso é diferente. Cita-se uma parte do SI 118, texto usado na liturgia do templo e por isso conhecido pelos líderes com os quais Jesus está falando. Pela citação o elemento da ressurreição é introduzido, complementando a parábola que fala somente da morte do filho.

Os construtores (os líderes religiosos) são implicitamente criticados por meio da citação. Um novo templo é construído (Jo 2.19-21).

V. 12: A inversão verificada nos vv. 10 e 11 repete-se aqui. Os acusadores viram acusados. O acusado assume o papel de acusador.

Os líderes não têm o apoio do povo. O v. 12 é parecido com 11.18, que encerra o relato sobre os acontecimentos do segundo dia de Jesus em Jerusalém. Em ambos se anuncia o sofrimento do filho, tema da parábola.

Ill — A caminho da prédica

1. O texto decididamente não convida a uma prédica que ameace o ouvinte com a exterminação na hora do juízo final. Juízo tem a ver com responsabilidade e não pode ser usado para mera chantagem, especulando-se em cima de uma visão egoísta da salvação.

Outra prédica à qual o texto não deve levar, teria como tema a condenação da Sinagoga e a salvação da Igreja. Os cristãos não são donos da vinha, apenas arrendatários. A exterminação dos lavradores também não alude ao Holocausto pelo qual passou o povo dos judeus. Não se deve despertar um possível anti-semitismo latente por meio de uma interpretação errada da parábola dos lavradores maus.

2. O pregador não deveria perder a oportunidade de fazer uma prédica narrativa. A ênfase pode estar na confrontação que caracteriza a atuação de Jesus nestes capítulos de Marcos. Contudo, prédica narrativa não é o mesmo que uma prédica especulativa na qual o pregador enfeita o texto, acrescentando elementos que só testemunham o seu talento psicológico ou a sua imaginação. O jogo de significados não precisa ser exagerado.

3. A parábola é multívia. O ouvinte pode identificar-se com os lavradores (os maus e os novos), os servos, o filho, a vinha, os frutos ou até o dono. No mais, existem várias possibilidades com relação à ênfase que um ou outro tema pode receber na prédica. A título de exemplo, ofereço três pistas:

— A parábola resume a história da salvação. Deus se comporta de maneira incompreensível, ingénua e até irresponsável, pelo menos segundo os nossos critérios. Ele, os seus profetas e o seu filho não manipulam o poder para realizar os seus objetivos. A sua força se rvela na fraqueza, na vulnerabilidade. Profetas e filhos se humilham e obedecem até a morte. São um fracasso escandaloso. Mas a pedra rejeitada passa a ser a pedra principal. A história continua: Quem são os profetas de hoje? Quais os servos que Deus manda? Será que nós os reconhecemos, apesar de (ou graças à) sua humildade? Optamos pelo forte ou pelo vulnerável? Quais são os frutos da nossa justiça? Como o Deus ausente se faz presente entre nós?

— Na ausência de Deus existe a tentação de nos considerarmos donos da fé, da Igreja, numa agradável auto-suficiência. Substituímos Deus por nós mesmos. Monopolizamos Deus. Não queremos aceitar, por exemplo, que ele aja independentemente e antes de nós, até fora da nossa religião. Mais do que os leigos, o clero corre este risco, O clero cristão não é necessariamente melhor que o dos judeus. Como o clero reprime a religiosidade dos leigos? Como defende o seu monopólio na produção religiosa? O clero sabe falar — mas sabe ouvir também? Estabelecemos os nossos próprios critérios. Rogamos pela segunda vinda de Jesus, mas levaríamos um susto se ele realmente viesse. Fazemos com a vinha o que bem entendemos, no nosso próprio interesse. Fazemos a nossa seleção dos muitos significados da mensagem bíblica. Ficamos surdos e cegos para tudo que não se encaixa na nossa visão da fé. A falta de fé vemos somente nos outros, raramente em nós mesmos. Devemos inverter este raciocínio: descobrir a fé dos outros e a nossa falta de fé. Por isso a Igreja não pode vangloriar-se de ser a sucessora de Israel. As igrejas e as linhas teológicas poderiam ser mais modestas nas suas pretensões. Religião não é propriedade. Fé é dádiva. Salvação é para a humanidade. Não podemos nos apropriar da prerrogativa da promessa.

— A vinha é o mundo, a sociedade. O que fizemos com a vinha? Deus exige que cuidemos bem da sua propriedade e que entreguemos frutos de justiça e obediência, conforme os critérios do seu Reino. Nós, porém, estamos provocando grandes e pequenos desastres sociais, econômicos, ecológicos, políticos, armamentistas. A Terra e a humanidade estão em vias de serem destruídas por exploração, cobiça, injustiça e ódio. Isso acontece em pequena e larga es-cala. A autonomia do ser humano o levou a um fracasso coletivo e individual. O homem não pode ser o seu próprio critério. Não está em condições de se comportar como dono. Vive em meio a violência e conflitos. Como nós usamos o que pensamos que é nosso? O que o nosso padrão de consumo, o nosso trabalho tem a ver com justiça? É normal sonegar impostos segundo o jeitinho já institucionalizado? Entendemos os apelos proféticos que vozes clamando no deserto estão fazendo?

IV — Subsídios litúrgicos

1. Confissão de pecados: SI 130.

2. Oração de coleta: Senhor, abrindo a Bíblia queremos nos abrir para a tua Palavra. Pedimos a tua ajuda para que possamos entender o que tu esperas de nós. Queremos não só ouvir a tua Palavra mas também praticá-la. Amém.

3. Assuntos para a oração final (cf. Ill - 3): Agradecer pelo incompreensível amor de Deus, que sempre de novo faz o seu apelo, apesar do mau trata-monto que reservamos para os seus servos; interceder por todos que buscam a sua força na vulnerabilidade, mencionando casos concretos conforme a atualidade ou história recente; pedir ajuda e coragem para podermos seguir o exemplo que dão ou deram, para podermos nadar contra a correnteza, a fim de proclamar o Reino de Deus; pedir perdão por nos termos apropriado da fé, da Igreja; por termos fechado as cortinas e janelas para que ninguém nos incomode; como pastor, confessar a culpa por ter assumido o papel de dono da comunidade, do culto; agradecer pela certeza de que Deus age antes de nós e nato só através de nós; reconhecer o Senhor como Senhor da Igreja; confessar a nossa falta de fé; pedir a salvação para todos os povos, toda a humanidade, todos os brasileiros; prometer ter olhos abertos para ver os sinais da presença de Deus nas pessoas; confessar a nossa culpa, porque fracassamos na nossa vida, na nossa família, nas nossas relações com outras pessoas, no uso da natureza, em nosso padrão de consumo, em nosso município,, nosso estado, nosso país; reconhecer que nos comportamos como donos exclusivos, sem admitir a vontade de Deus; orar por soluções não-violentas; expressar esperança de que o caos, a ruína, possam transformar-se no novo mundo; agradecer por sinais deste novo mundo.

V — Bibliografia

- GNILKA, J. Das Evangelium nach Markus. v. 2. In: Evangelisch-Katholischer Kommentar zum Neuen Testament. Zürich, 1979.
- HENGEL, M. Das Gleichnis von den Weingärtnern Mc 12.1-12 im Lichte der Zenonpapyri und der rabbinischen Gleichnisse. Zeitschrift für die Neutestamentliche Wissenschaft und die Kunde der älteren Kirche, Berlin, 59 (1): 1-39, 1968.
- JEREMIAS, J. As parábolas de Jesus. São Paulo, 1976.
- LOHMEYER, E. Das Evangelium des Markus. In Kritisch-exegetischer Kommentar über das Neue Testament. v. 2. Göttingen, 1953.
- STOHR, M./WENDLAND, G. Markus 12, 1-12: Die Herren des Weinbergs. In: Predigtstudien. v. l/1.Stuttgart, 1978.
- STRACK, H.L./BILLERBECK. Das Evangelium Matthäus erlautert aus Talmud und Midrasch. In: Kommentar zum neuen Testament aus Talmud und Midrasch. v. 1. 5. ed. München, 1969.


Autor(a): André Droogers
Âmbito: IECLB
Área: Celebração / Nível: Celebração - Ano Eclesiástico / Subnível: Celebração - Ano Eclesiástico - Ciclo da Páscoa
Área: Governança / Nível: Governança - Rede de Recursos / Subnível: Governança-Rede de Recursos-Auxílios Homiléticos-Proclamar Libertação
Natureza do Domingo: Quaresma
Perfil do Domingo: 2º Domingo na Quaresma
Testamento: Novo / Livro: Marcos / Capitulo: 12 / Versículo Inicial: 1 / Versículo Final: 12
Título da publicação: Proclamar Libertação / Editora: Editora Sinodal / Ano: 1984 / Volume: 10
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Auxílio homilético
ID: 14681

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