Duas sementes descansam lado a lado no solo fértil. A primeira semente disse: Eu quero crescer! Quero enviar minhas raízes às profundezas do solo. Quero fazer meus brotos rasgarem a superfície da terra. Quero sentir o calor do sol nos meus ramos. Quero a bênção do orvalho da manhã nas minhas folhas! E, assim ela cresceu. A segunda semente disse: Eu tenho medo! Se eu enviar minhas raízes às profundezas, não sei o que encontrarei na escuridão. Quem sabe algum verme? Se rasgar a superfície dura, posso danificar meus brotos. Se eu deixar que meus brotos se abram, será que um grilo não tentará comê-los? E, se abrir minhas flores, porventura uma criança virá para me arrancá-la de mim? Não! Vou esperar até que eu me sinta segura. Prefiro ficar aqui no meu canto. Eis que, de repente, apareceu uma galinha ciscando no solo fresco da manhã. Encontrando a semente, rapidamente engoliu-a, justo aquela que esperava mais segurança. “Põe a semente na terra. Não será em vão. Não te preocupe a colheita. Plantas para o irmão”.