A história aconteceu num presídio na África do Sul, próximo ao Natal. Certo missionário se dedicava à evangelização. Ao visitar os prisioneiros, procurava transmitir uma palavra de ânimo aqueles que estavam privados da liberdade e longe da família. Em seguida, alcançava um pacote de bolachas e também uma Bíblia. Havia ali um sujeito reconhecido por sua malvadeza e violência. Ele debochava dos outros, inclusive de Deus e não se arrependia de nada. Encerrando suas visitas, o missionário dedicou alguns minutos ao criminoso, que aceitou de bom grado os doces, mas rejeitou a palavra, tanto aquela dita, quanto a escrita. Porém, o missionário insistiu em lhe deixar as Escrituras. Então, cheio de safadeza, o delinquente disse: Sim! Pode deixar. Estou precisando mesmo de papel fino para fazer os meus baseados. O missionário estava pronto para recolher a Palavra quando recebeu um toque do Espírito, desafiando-o: Vou lhe deixar a Bíblia. Você até pode fumá-la toda. Mas, antes de fazer o cigarro, você precisa ler cada folha que vai usar. Ok? O desafio tirou o deboche do rosto dele. De imediato, o presidiário percebeu que não era brincadeira. Mas, topou o desafio. Anos mais tarde, quando o missionário já estava idoso e aposentado, ouviu alguém lhe bater à porta. Atendeu, mas não reconheceu o sujeito, o qual se identificou como o antigo presidiário visitado na semana de Natal. O missionário lembrou da situação e perguntou: Afinal, você conseguiu ler e fumar toda a Bíblia? Não! Respondeu com calma o moço. Bastaram algumas páginas e abandonei os meus vícios. Aliás, li e entendi o Evangelho. Deus me converteu. Então, Deus fez de mim uma testemunha viva entre os demais presidiários. Logo, outros também entenderam a Palavra. Hoje há uma igreja na prisão. Há dois meses acabei de cumprir minha pena. Então, comecei a procura-lo até encontrar para lhe agradecer pela dedicação e Palavra pregada. Por coincidência, eles estavam novamente na semana do Natal. Ambos foram juntos à igreja no bairro. No culto, o antigo criminoso pediu licença ao pastor para dar seu testemunho, onde agradeceu publicamente ao missionário. Sem vergonha alguma disse que usou muitas páginas das Escrituras para fumar maconha. Lia e fumava, como havia se comprometido. Mas, justo no dia do Natal, acabou lendo João 3.16 onde diz que “Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu único Filho para que, todos aqueles que nele depositam o coração, tenham também a vida eterna”. Naquele exato momento eu me ajoelhei e entreguei a minha vida a Jesus. Fiquei com nojo do fumo. Apeguei-me à Palavra. Quanto mais lia, mais o Espírito limpava o meu coração. Deus me fez uma nova criatura. Tudo começou com a dedicação do missionário. Obrigado!
“De Valor em Valor”, composição de Paulo Leivas Macalão na voz de JNeto.