A humanidade recebe a visita de Deus. Deus se comisera e entra na miséria humana. Deus tem compaixão. Sua presença mostra que não há lugar para indiferença. Deus se torna simpático, empático em relação à dor e ao sofrimento. Em sua ternura não há espaço para a apatia. Deus se torna próximo, Deus-conosco. Deus nasce entre nós e não estamos mais sós. Deus dignifica a humanidade pela encarnação em Jesus Cristo.
A festividade do Natal lembra este gesto de amor, de entrega e de esvaziamento. O vale escuro da sombra da morte e da violência é iluminado por um facho de esperança. As pessoas podem ter a oportunidade de se despedir de amarguras, ressentimentos, mágoas, desconsolos, desgostos e padecimentos.
Em meio ao blackout da indiferença, Deus expressa o seu afeto e a sua estima pela humanidade e pelo mundo.
Em meio ao blackout moral e ético, Deus acende uma luz orientadora.
Em meio ao blackout de justiça e de direito, Deus coloca na vitrine valores de solidariedade e de equidade.
Deus entra na humanidade pelos seus porões, pelos seus subterrâneos e em meio às exclusões de todo tipo proclama um novo tempo de justiça e de paz.