Certa noite as estrelas reuniram-se e buscaram a presença do Altíssimo dizendo: Ó Senhor! Somos gratos por tua bela criação. Sabemos que por milênios – aqui do céu - estamos guiando as pessoas em suas viagens por terra e mar. Mas, estamos curiosas. Pedimos a permissão para visitar a terra e saber como de fato vivem as pessoas. Então, Deus concedeu às estrelas o dom de ficarem bem pequeninas, assim como eram vistas nos céus. Naquela noite houve uma chuva de estrelas sobre todos os cantos da terra. Elas juntaram-se às luzes dos vagalumes, às faíscas das brasas, ao brilho das joias e às chamas das velas. Assim viveram alguns meses sobre a face da terra saciando a curiosidade. Todavia, Deus notou que, depois de um tempo, elas começaram gradualmente a retornar aos céus, já sem o vigor de outrora. Desta vez foi Deus quem solicitou uma audiência com as estrelas perguntando: O que houve? Porque voltaram tão cedo? Acabou-se a curiosidade? A resposta que ouviu deixou-o entristecido. O uso indiscriminado de inseticidas está acabando com os vagalumes. Pessoas maldosas incendeiam os campos e as matas. Outras são tão gananciosas atrás das riquezas que se aproveitam dos demais. As velas apontam mais à morte do que à vida. Deus ouviu todas elas com atenção. Em seguida, contando as estrelinhas, percebeu que ainda faltava uma, que não tinha desistido do projeto inicial. Assim mandou que as demais a procurassem. No dia seguinte, elas voltaram e disseram ao Senhor. Procuramos bem e achamos. Mas, a estrelinha não quer voltar. Ela insistiu em ficar, pois ainda há esperança. Então, Deus perguntou: Onde ela está? Elas responderam em conjunto: Nos olhos de uma criança que nasceu em Belém, cujos pais lhe puseram o nome de JESUS!