Quando me machucam com palavras rudes e torpes, olho para o presépio que, desde as alturas, surgem Anjos que me cercam, convidam pela vida jubilar e apostar sempre nas boas palavras, que ainda hoje me fazem crer e agradecer.
Quando me faltam com ética e moral e agem com hipocrisia, volto o olhar para o bom José que, com sua atitude, me ensina a ter firmeza e coragem na opção pela bondade, companheirismo e acolhida.
Quando sofrimentos e dores torturam meu ser e minha alma, o brilho da Estrela guia me reergue do chão e me faz um rumo novo e distinto seguir.
Quando o comodismo e a inércia tentam me dominar, olho para Maria que me convence, por amor e fidelidade, a servir e bendizer Aquele que destrói muros e tronos e exalta as pessoas humildes e boas.
Quando o orgulho e prepotência de pessoas destroem laços e impedem abraços, desde o presépio os Pastores do campo que na viagem até Belém, ensinam com humidade e reverência pelo singelo e pequenino.
Quando surge o ímpeto de julgar pessoas pela aparência, raça, sexo, religião, origem... Então a sabedoria e mansidão dos Reis Magos do oriente auxiliam meu ser à outra pessoa respeitar e acolher.
Quando o ódio e as ganas de matar desejam em mim vociferar, o Menino Jesus, desde sua manjedoura, me constrange e aquieta meus pensamentos e transforma minhas ações com sua paz, justiça e direitos iguais.
Quando silencio diante do presépio, medito e confio no Deus Eterno, Deus humano e sem igual, que desce das alturas para me resgatar, concede vida digna e novo rumo nos quer ofertar.
Graças, oh Deus da vida, pelo Presépio que me revela como Tu ages e és, graças por este simples e gracioso presépio que continua ainda hoje a ensinar e convida a teus planos e sonhos abraçar!
Pa. Ma. Cristina Scherer – Advento de 2020