Naquela noite, Sebastião estava sozinho em casa. Sua esposa e filhos tinham ido ao culto de Natal. Mesmo tendo sido convidado com insistência, ele resolveu ficar em casa. Em sua opinião, Natal era uma bobagem para vender presentes e atrair gente à igreja. A certa altura da noite, entediado com os programas na TV, se levantou e, olhando pela janela, viu a chuva caindo mansamente. Ficou admirando a cena por alguns minutos até que foi interrompido por um ruído estranho. Houve uma pancada no vidro da janela. Era uma mariposa que estava fugindo da chuva. Logo em seguida outras apareceram também. Elas foram atraídas pela luz da cozinha. Todas voavam em direção à janela, espatifando-se ao vidro. De súbito Sebastião teve uma idéia: O galpão! É isso! Vou atraí-las todas ao galpão, assim elas podem encontrar refúgio e serem aquecidas! Rapidamente, saiu de casa e correu ao galpão. Abriu as portas e janelas. Acendeu as luzes. Fez de tudo para chamar a atenção delas. Mas, por mais que se esforçasse, não conseguia nada, Não conseguia fazer com que elas parassem de bater contra a janela da cozinha. Ele as viu cair no chão, uma a uma. Tristemente pensou: Se tão somente eu conseguisse fazê-las entender... Quem sabe se eu pudesse me tornar como uma delas poderia assim atraí-las com segurança! A expressão ser como elas ficou se repetindo em sua mente. Nesse momento, Sebastião ouviu os sinos da igreja, repicando em meio aos seus pensamentos. Então, ele caiu em si. Como se uma luz descendo do céu iluminasse a sua mente e o seu coração. Enquanto a chuva gotejava na varanda, ele entendeu e aceitou a Jesus como seu Senhor e Redentor. Afinal, foi isso que Jesus fez: Tornou-se um de nós para nos atrair à salvação, para nos arrancar do temporal, para iluminar nossos caminhos e nos trazer a felicidade que o seu grande e infinito amor nos dá! O Menino Deus nasceu. Amém!