Advento - Natal - Epifania



ID: 2655

O Nascimento de Jesus

Poesia

09/12/2014

O NASCIMENTO DE JESUS

Mozart Noronha

 

Esta é tradição já muito antiga,
Celebrar de Jesus o Nascimento,
Mistério que até o firmamento
Testemunhou o que aconteceu:
Deus para resgatar a povo seu
Resolveu nascer como criança.


Na descrição da Santa Escritura
Nos evangelhos Lucas-Mateus,
A soberana mão do nosso Deus
Estendeu-se de forma valorosa
Com firmeza, de forma piedosa,
Para salvar toda a humanidade.


Deus é justo e misericordioso,
O Criador de toda a natureza
Pintou céus e terra com beleza
E criou também a humanidade
Para viver em plena felicidade
Amando Deus e o seu próximo.


Mas o homem logo se desviou
E chegou a matar o seu irmão,
Mentiu negando aquela ação,
Fugiu da sua responsabilidade,
A morte engravidou a cidade
E para o campo foi a maldição.


Séculos rolaram sobre séculos
Surgiram os grandes impérios,
Na terra vieram os impropérios
Poder, desgraça e desolação
Preponderou toda a alienação
E as trevas encobriram o céu.


Entretanto, já o profeta Isaias,
Em seu tempo tinha anunciado
Que o povo que era dominado
Um dia deixaria a escravidão,
Alcançaria de Deus a salvação,
Livre deixaria a obscuridade.


O profeta de Deus vaticinava
Que toda a treva se dissiparia
E para sempre grande alegria
Destruiria a sombra da morte
De todos Deus mudaria a sorte
E para sempre chegaria a luz.


Um menino haveria de nascer,
Nasceria com ele a esperança
Deus se tornaria uma criança
Tornar-se-ia o todo poderoso
Seu nome seria Maravilhoso,
Deus Forte e Príncipe da Paz.


Também seria o Conselheiro,
Tomaria para si todo governo
Pra destruir todo desgoverno
Que maltratava a humanidade
Espalhada no campo e cidade
Esperando o juízo e a justiça.


Vejamos pois o que aconteceu
Conforme diz a Sacra História,
Para guardarmos na memória:
Na Galileia, na Vila de Nazaré,
Vivia uma moça com muita fé,
Com o sagrado nome de Maria.


Um certo dia ela sem esperar
Surpreendente visita recebeu
Dentro de si algo estremeceu
Com o anúncio desse visitante
Presença do Espírito operante
Que anunciou a sua gravidez.


Maria estava casada com José,
Mas com ele não morava ainda.
Vivia a mercê da graça infinda
Naquela época era o costume,
E José ficou repleto de ciúme,
Resolveu fugir secretamente.


Enquanto José nisto pensava
Um anjo do Senhor apareceu,
Era justo, então se convenceu
E com a alma plena de alegria,
Como esposa recebeu Maria
E seguiram o plano do Eterno.


Pelo Espírito Maria engravidou
E Deus o batizou como Jesus,
Um Mistério Divino, luz da luz,
Pra cumprir a palavra do profeta,
O menino seguirá a sua meta
De salvar a caída humanidade.


Então Maria toda esperançosa
Comprometida com o seu povo
Para construir um mundo novo
Um cântico libertário de louvor
Entoou ao seu Divino Salvador,
Externando toda sua felicidade.


Ela disse que Deus, o Senhor,
A sua humildade contemplou,
Que bem-aventurada a tornou
E que santíssimo é o seu nome
Destronará o império da fome
Pois infinita é sua misericórdia.


Disse que Deus valorosamente
Corações perversos dispersou,
Poderosos soberbos destronou,
Encheu os famintos de fartura
Exaltou humildes, d'alma pura,
E despediu os ricos usurários.


Decreto veio de Cesar Augusto
Para o primeiro recenseamento.
E José e Maria em um jumento
Foram cumprir seu cívico dever
Chegou a hora de Jesus nascer
Foi acolhido numa estrebaria.


Bois, vacas, porcos e cavalos
Cabras, bodes e cordeirinhos;
Coelhos, camelos, jumentinhos,
Todos foram muito solidários
Com os peregrinos solitários
Na noite em que Jesus Nasceu.


Deus a Moisés falou no matagal,
Um lugar inóspito, secularizado,
Lembrou-se do povo esmagado
Sob a opressão e grande tirania
Trabalhando sempre noite e dia,
Disse que desceu pra libertá-lo.


Em Nazaré Deus, Onipotente,
Não achando lugar para nascer
Excluído das esferas do poder
Encontrou lugar entre animais
Onde um ente divinal jamais
Poderia a sua cabeça repousar.


Estavam naquela mesma região
Guardando rebanhos os pastores
Que não esconderam os temores
Na presença do anjo do Senhor
Que foram anunciar o Salvador,
E a glória do Senhor brilhou.


Disse-lhes o anjo:Não temais!
Pois vos trago novas de alegria,
De segurança, paz e harmonia,
Que será para todo este povo,
Conforme o profeta um renovo,
Fundamento de toda esperança.


Encontrareis numa manjedoura
Uma simples criancinha deitada
Com pequenas faixas enrolada
E isto vos será como um sinal,
A presença dum coral celestial
Glorificando a Deus nas alturas.


Na terra, paz entre os humanos,
A quem nosso Senhor quer bem
E o mundo amou como ninguém!
Os anjos cumprindo a sua missão
Partiram para o céu em gratidão
Sendo de Deus seus mensageiros.


Nós queremos que neste NATAL
Haja paz e alegria em cada lar
Que possamos nosso Deus amar,
E no presépio do nosso coração
Haja espaço pra toda devoção
E um lugar para o menino Deus!


Pedimos a todos os presentes
Que amemos não só com palavra
Mas como a terra que a pá lavra
Faz o fruto brotar no tempo certo
E até no momento mais incerto
Lembremos de Jesus de Nazaré.
 


Autor(a): Mozart João de Noronha Melo
Âmbito: IECLB
Área: Celebração / Nível: Celebração - Ano Eclesiástico / Subnível: Celebração - Ano Eclesiástico - Ciclo do Natal
Natureza do Texto: Vários
Perfil do Texto: Poesia/Poema
ID: 31072

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