Se alguém lhe dissesse que Jesus já existia antes do Natal de Belém! E que Ele estava com Deus quando criou todas as coisas e o ser humano! O que você diria?
Na verdade, Deus está muito acima do que “nós diríamos” a seu respeito. Convido você para refletir sobre esse mistério da grandeza de Deus que a Bíblia revela e confirma.
Começamos pelo Evangelho de João 1:1 onde lemos: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”. No vs. 3, “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele (o verbo) nada do que foi feito se fez. No vs. 4, “A vida estava nele (no Verbo), e a vida era a luz dos homens”. E no Vs. 14 lemos que “o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai”. Unigênito significa: “filho único”.
Quem é o filho único do Pai (o Deus criador)? Sim. Aquele bebê concebido por uma virgem, é esse o Verbo que se fez carne? Em Jesus, o Verbo de Deus se tornou “palavra encarnada”.
Esse mistério não foi desenvolvido pela mente ou lógica humana. Portanto, não depende da nossa maneira de entender, para ser o que é. Em Hebreus 11:3 está escrito: “Pela fé entendemos que foi o universo formado pela palavra (verbo) de Deus, de maneira que o visível veio a existir das cousas que não aparecem”. Verbo é palavra que expressa uma ação. Palavra não se pode ver. E foi assim até que essa palavra (verbo) se tornou visível em carne, no filho de Deus.
Também em Gênesis 2:26 lemos: “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem e semelhança...”. Considere que a tradução do verbo “fazer”, está na 1ª pessoa do plural. Isso significa que Deus não estava sozinho na criação do universo. Quem mais poderia estar com ele? Sendo Ele, Deus “TRIUNO”, concluímos que lá estava o Pai e o Filho e o Espírito Santo. Por isso, “façamos”.
A partir do nascimento do Filho de Deus em Belém, temos no verbo encarnado a imagem do Deus vivo. O bebê no colo de Maria, era o Messias, o Deus conosco. Com corpo semelhante ao nosso, o Deus Todo Poderoso mostrou seu rosto, seu amor, sua humildade, sua identificação - “assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz”. (Fp 2:7-8).
Jesus disse: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10:30). “Quem me vê a mim, vê o Pai” (Jo 14:9).
É importante entender que Deus valoriza o ser humano que criou. E que sua revelação acontece de lá para cá. Deus não é o que nós idealizamos, projetamos ou explicamos. Ele é “extra nos” (totalmente outro). Na sua revelação à Moisés e ao povo de Israel Ele disse; “eu sou o que sou”. (Êxodo 3:14). É isso que o torna “soberano” e “distinto” e ao mesmo tempo “humano”. Os evangelhos revelam-nos um Jesus que sabe o que significa fome, tentação, luto, desprezo, humilhação, exclusão, ofensa, traição, e principalmente, o significado de negar a si mesmo por amor a humanidade.
Em meio a toda essa história, o acontecimento do Natal de Cristo em Belém, inaugura uma nova aliança da parte de Deus com o seu povo em sua última revelação: Jesus Cristo.
Por isso, o Natal é uma festa essencialmente cristã. Natal, sem a menção de Jesus Cristo e a história do que motivou sua chegada na estrebaria de Belém, na verdade não é Natal.
É festa pela festa, que segue de carona com um título que não lhe pertence.
Feliz Natal. Porque a Salvação é por graça e fé através de Jesus Cristo!