A crise era grande. Por fim, agora também Alfredo estava sem emprego. A empresa onde passou parte de sua vida como carpinteiro foi à falência, sem acordo, sem dinheiro... Voltou para casa, naquela sexta-feira, cabisbaixo. Não conseguia olhar direito à esposa e aos filhos. Contou a notícia com pesar. Já estavam a algum tempo apertados financeiramente devido à doença de um filho. Agora, à noite, na cama ele ficava imaginando como pagar as contas de água e luz. A dispensa, antes recheada, aos poucos ficava mais vazia. O que salvava a situação era uma pequena horta nos fundos da sua humilde casa, a qual cuidava com muito carinho. Certa manhã, ao voltar da escola, a filha disse: Há gente passando fome! A professora nos desafiou para trazer algum alimento às famílias pobres. Alfredo estava pronto para dizer: Nós somos pobres, quando sentiu a esposa segurando seu braço. Ela tomou a palavra e disse: Querida! Vá à dispensa. Na segunda prateleira à esquerda há um vidro de geleia de laranja. Leve-o amanhã à escola. Oba, mamãe! Exclamou a menina: Vamos ajudar as crianças pobres. Aquele doce que a vovó fez é muito gostoso. Em seguida, a esposa cochichou ao ouvido do marido: Estamos passando por necessidade. Mas, ainda temos um pouco e podemos repartir com quem tem menos que a gente. Além disso, essa é uma oportunidade de ensinar compaixão à nossa família. Convido você a refletir sobre o seu NATAL... Pense naquilo que está planejado. Pense naqueles que pouco têm... Não julgue, apenas ajude. É hora de repartir, desafiados pelo Evangelho. Leia Mateus 5.3-12.