NÃO TENHA MEDO. João 14.27
Há dois mil anos nascia Jesus. Seu berço foi o cocho onde se alimentavam os animais, e seu colchão foi a palha que lhes servia de alimento. Na noite de seu nascimento, pastores que viviam nos campos e guardavam seus rebanhos nas vigílias da noite viram surgir no céu, em meio a fortes flashes de luz, o maior espetáculo jamais visto, inigualável e inimitável. O palco era o próprio firmamento, os protagonistas - seres celestiais, a música, angelical! Nenhuma tecnologia, nenhum estúdio cinematográfico conseguirá jamais igualar tal espetáculo! E o coral de anjos cantava: Glória a Deus nas maiores alturas e paz na terra... Que quadro! Que espetáculo grandioso!
Jesus deixou o seio do Pai Celeste e nasceu do ventre de uma mãe humana. O Filho de Deus tornou-se filho de Maria. O Infinito tornou-se infante. Aquele que sustentava com seus braços o mundo, passa a ser embalado pêlos frágeis braços de uma mulher. Aquele cuja casa era o próprio universo, que tinha por carruagem as nuvens e por diadema as estrelas, passa a dormir em uma simples manjedoura.
Ele deixou o palácio real nos céus, por uma estrebaria e pela bancada de uma carpintaria. Ele deixou o trono dos céus por uma cruz fora dos muros da cidade. Ele, o Príncipe da Vida, pendeu na morte sua cabeça. Ele, que nunca pecou, tornou-se pecado por nós. Ele aqui veio, aqui caminhou. Teve fome. Teve sede. Sofreu, chorou, sangrou e morreu. Qual o motivo? Por que razão o Ilimitado limitou-se? Para estender a sua paz ao mundo aflito.
Para o quebrantado, para o decepcionado, para o solitário, para o culpado, para os que fracassaram, para os que estão presos, para os pais que criam seus filhos sozinhos, para os idosos, para os que estão à beira da morte, ele veio trazer esperança, sentido, conforto, mas especialmente paz ao coração atribulado. Foi ele mesmo que assegurou: Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo (João 14.27).
Pense nisso:
A cruz do Calvário não retratou apenas uma tragédia, mas o sacrifício de um Deus de amor que se entregou por mim, por você para que pudéssemos ter paz em nossos corações, apesar de todas as adversidades que nos surpreendem, afligem, mas não podem nos vencer.
(Meditações de Jaime Kemp)
Sugestões de leituras:
Isaias 35.1-10; Salmo 146; Lucas 1.46-55