Olavo era sapateiro. Ele morava próximo à entrada de sua aldeia, que ficava no alto da coxilha. Por décadas, ele fabricava e consertava o calçado daquele humilde povo. Pensando em ajudar os viajantes que passavam pela região, ele mantinha na janela de sua casa uma vela acesa todas as noites. Vivia só, mas sentia-se abençoado e feliz. Veio então a grande guerra. Os jovens tiveram que partir para os campos de batalha. Sem braços fortes para o trabalho, a aldeia foi ficando cada vez mais pobre. Mesmo assim, todas as noites, Olavo acedia sua vela, colocando-a na janela. A vela indicava o caminho para quem se aproximasse na escuridão. Em meio à tristeza da guerra e da pobreza presente, qual será o segredo da felicidade de Olavo? Todos se perguntavam. Então, no forte desejo de mudar a situação de suas vidas, resolveram imitá-lo. Cada humilde família acendeu a sua própria vela, colocando-a na janela. Era véspera de Natal. Em todas as casas havia uma vela acesa. À meia noite, o sino começou a tocar na capela, trazendo a boa notícia: A guerra acabou. Um milagre! Diziam todos. É o milagre das velas acesas. Assim, todos os anos o povo daquela aldeia passou a acender as velas na véspera de Natal. E, o costume se espalhou pela região. Todavia, Olavo persistia no seu velho costume. Diariamente acendia sua vela, apontando assim o caminho aos perdidos. Eis algumas pequenas reflexões. Primeiro, não perca o verdadeiro sentido do Natal: Ao mundo que vivia em trevas, resplandeceu a luz (Isaías 9.2), que é Jesus (João 8.12)! Ele é quem ilumina nossa vida. Ele é quem nos dá direção. Segundo, precisamos resgatar o verdadeiro sentido do Natal. Isso começa em nossa casa. Deixe Jesus brilhar. Coloque-o no centro das comemorações. Terceiro, Natal é uma data específica no calendário. Mas, de fato, deve ser comemorado todos os dias. Ele é sempre o Salvador. Ele é sempre a nossa luz.