O fim de ano se aproxima! Lembro-me da infância, quando a mãe retirava de cima do guarda-roupas um velho pinheiro artificial, sem muita graça e desbotado. Ele precisava ser armado. Em seguida, era aberta uma velha caixa de papelão. Ali estavam depositados os enfeites de Natal: Velhos suportes de lata para velas, bolas de vidro finíssimo, quase impossíveis de lidar sem causar algum dano, cordões dourados e prateados, uma velha estrela cintilante. Lentamente, o pinheiro - meio sem graça - ganhava um colorido especial. Enchia-se de vida a partir dos pequenos toques e retoques. Debaixo do pinheirinho, um presépio de cartolina. Novas eram somente as mexas de algodão, alusão à neve na terra dos ancestrais. Também o que se “renovava” ano a ano era alegria do Natal. Confesso que, na minha infância a alegria estava em torno da expectativa dos presentes. Como criança, a questão era sempre a mesma: O que vou ganhar? O tempo passou. As recordações permanecem vivas, tanto na mente, quanto no coração. É o meu tesouro. Mas, também dou graças por amadurecer. Hoje a alegria (para alguns, a preocupação) está mais no “dar” do que “ganhar”. Natal é tempo de doação. Natal é tempo de Amigo Secreto. Fica ainda melhor quando entendemos (e aceitamos) que o maior e melhor presente não é aquele que damos ou recebemos dos outros... Deus nos presenteia com seu Filho, Jesus. O oculto é revelado. Não é um presente palpável. É mais um sentimento profundo, profundíssimo que marca não somente esse período, mas o ano inteiro. Eis o desafio... Experimente o Advento. Prepare o seu coração para a chegada do Menino Salvador.