Os vigias, sobre as muralhas, tinham a função de observar o movimento em torno para anunciar qualquer perigo à vista. Deveriam gritar, de tempo em tempo (hora em hora?), para avisar que estavam em suas posições e fazendo seu trabalho. Isso servia para que todos soubessem que o inimigo não havia pulado a muralha e estava tudo em paz. O profeta traz uma palavra de Deus ao povo, na qual o Senhor diz que assim como os vigias não se calam, assim os sacerdotes e profetas devem continuamente chamar a atenção de Javé, o Senhor, e lembrá-lo de sua promessa de libertar Israel de todo o jugo e escravidão. Os gritos, clamor, também fariam Deus não esquecer que lá estava seu povo e que este precisava de paz, pois os inimigos já haviam tomado a cidade e o levado cativo. O clamor deveria ser continuo e insistente diante do Senhor. Este clamor também seria um anúncio às outras nações de que Israel tinha um Deus poderoso e que escutava seu povo e o libertaria de todo mal.
Jesus diz aos seus discípulos para irem a todos os lugares e anunciar que há um Deus todo poderoso que trouxe libertação ao ser humano. Este Deus ouviu o clamor dos pecadores e enviou seu Filho Unigênito para dar perdão e vida eterna. A função dos discípulos, e da Igreja, na sequência, era ser um vigia sobre uma muralha para gritar ao mundo que o inimigo estava rondando, mas o Salvador havia vencido e a libertação havia acontecido. Não deveriam se calar em momento algum para que o mundo saiba que a paz de Jesus está sobre ele e precisa ser buscada e vivenciada a cada dia. Façamos assim.