Um convite para ser e gerar ações

04/03/2014

UM CONVITE PARA SER E GERAR AÇÕES

Pastora Carla Suzana Krüger e Martina Scherer

 “Pois Nele vivemos, nos movemos e existimos, ... porque Dele também somos geração”. (Atos 17.28)

Porque de Deus somos geração. Mas, afinal, o que é ser geração? Segundo o dicionário Houaiss de Língua Portuguesa, geração é grau de filiação em linha direta, descendência, espaço de tempo que separa cada grau de filiação, cada uma das fases sucessivas que assinalam mudança decisiva numa técnica de evolução.

Quando o Apóstolo Paulo chegou à cidade de Atenas, viu um cenário que o impressionou devido à diversidade de crenças, ao choque de ideias e à curiosidade das pessoas que ali moravam. Nessa cidade se cultuava uma enorme quantidade de ídolos e havia altares para vários deuses e várias deusas. Um altar, em especial, chamou a atenção de Paulo, nele estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO.

Quando Paulo anunciou o Evangelho de Jesus Cristo naquela cidade, algumas pessoas lhe perguntaram: “Poderemos saber que nova doutrina é essa que ensinas?” (Atos 17.19b). Paulo, de maneira muito sábia se referindo ao altar dedicado ao DEUS DESCONHECIDO, disse: “Pois esse [Deus] que adorais sem conhecer é precisamente aquele que eu vos anuncio” (Atos 17.23b). E acrescentou: “pois Nele vivemos, e nos movemos, e existimos, como alguns dos vossos poetas têm dito: porque Dele em Deus também somos geração” (Atos 17.28).

Ser geração de Deus, para Paulo, significa um chamado a servir a Deus que criou o mundo, que se revelou em Jesus Cristo, o ressuscitado, que age através do Espírito Santo nas pessoas que continuam a Sua Missão promovendo a vida e dignidade a toda criação.

Impulsionado por Deus, Paulo gerou ações levando a mensagem do Evangelho a outras pessoas. Por experimentar o amor de Deus, sua vida foi transformada – de perseguidor a defensor e fundador de comunidades cristãs. Paulo, a partir de sua experiência, chamou pessoas e as apresentou a boa nova de Jesus Cristo. Fez isso para que mais pessoas pudessem viver a Palavra de Deus e também gerar ações. Da mesma forma, Barnabé, Silas, Priscila, Dorcas, Lídia e outras pessoas foram chamadas por Deus para mudar realidades naquela época.

E hoje? De que forma nós respondemos ao convite amoroso de Deus? Quais são as nossas ações que geram vida em nossas comunidades?

Assim como em épocas passadas, Deus hoje também nos desafia a exercitar o amor cristão, a sair do comodismo. Deus nos ensina a fazer a nossa parte, a somar nossas atitudes com as das outras pessoas, a praticar a vida comunitária. A partir deste convite, somos motivados e motivadas a gerar ações. Podemos viver o exemplo de Paulo e de outros discípulos e outras discípulas. Vida que pulsa e que aproxima as pessoas. Não devemos nos envergonhar de Jesus Cristo, de viver e testemunhar o seu amor nas mais diversas realidades. Somos encorajados e encorajadas a anunciar e ser testemunhas de Cristo no dia a dia, individualmente e em nossos grupos de jovens.

Somos filhos e filhas de Deus, somos Sua geração. Geração que vive e gosta de viver. Que ajuda e gosta de ajudar. Que transforma e gosta de transformações. Uma geração moderna, ágil e comprometida, amparada por Deus: “porque Nele vivemos, nos movemos e existimos”. Precisamos, no entanto, sair da nossa “zona de conforto”. Enxergar além dos horizontes do nosso grupo, da nossa comunidade. Superar as desigualdades que presenciamos e agir com justiça. Criar novos espaços a fim de proporcionar inclusão e respeito. Nossas ações podem ser pequenas, mas, uma junto com outra, geram um efeito em cadeia fundamental para a transformação. Por isso, vamos nos animar e espalhar toda a nossa alegria e entusiasmo. Somos juventude luterana, somos GerAção JE no mundo.

DINÂMICA: MÓBILE

O móbile remete à ideia de movimento. Nas artes visuais, o termo é usado para indicar esculturas compostas de materiais leves e suspensos no espaço por meio de fios. As peças de diversas formas (flores, animais, instrumentos, figuras geométricas, etc.) se caracterizam pela conexão, o equilíbrio, leveza e harmonia. De que maneira podemos comparar o móbile com o nosso grupo de jovens?

Faça uma lista citando as ações que o grupo tem realizado. Pergunte, por exemplo:
Como o grupo participa na vida da comunidade?
Como se envolve com os projetos diaconais e a missão da Igreja?
Como apoia as atividades que outras instituições desenvolvem em sua cidade?
Como todas essas ações que despenhamos pelo grupo podem ajudar na construção de uma sociedade mais justa e fraterna?

A partir dessa reflexão, convide o grupo para elaborar um móbile de fácil montagem e que possa ser transportado. Pensem em uma forma de representar as ações citadas de maneira resumida. Identifiquem a arte com o nome do grupo de jovens, paróquia, cidade e Sínodo. Este móbile, depois de pronto, pode ser levado ao CONGRENAJE 2014, onde queremos formar um grande móbile que representará a diversidade de ações geradas pela JE.

Boa GerAção, Juventudes!


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Autor(a): Carla Krüger e Martina Scherer
Âmbito: IECLB / Organismo: Juventude Evangélica - JE
Título da publicação: Caderno de Estudos Pré-CONGRENAJE / Ano: 2014
Natureza do Texto: Educação
Perfil do Texto: Estudo
ID: 28751
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