Somos criação de Deus. Do jeito como somos, somos pensamento e ação de Deus. Não estamos aqui por acaso e somos assim porque o Criador pensou em nós desta forma. Conforme o relato de Gênesis, somos semelhantes ao Criador. Isso nos dá o privilégio de nos pensarmos muito importantes na criação, mas também nos traz uma responsabilidade enorme: Somos responsáveis, junto com Deus pela sua criação e pela relação desta criação entre si. Ser semelhança de Deus, o Senhor e Criador, também nos dá a dimensão do que Ele espera de nós. Deus quer que tenhamos o mesmo propósito que Ele tem em relação ao que aí está. Começando pela convivência com nossos semelhantes, homens e mulheres, semelhantes a Deus, como nós, indo para toda a criação existente, nós deveríamos ser os guardiões do que aí está. O parâmetro para assim sermos está em Cristo Jesus. Ele é a dimensão de nossa atuação aqui, enquanto existirmos na terra. E sua palavra em João 15 nos diz que devemos amar, e viver, como Ele amou, e viveu.
Paulo enfrenta o problema da suposta independência do homem em relação à mulher na comunidade de Corinto, como se ele fosse melhor ou maior que ela. Ele usa Cristo Jesus como o divisor de águas para este pensamento. Não somos independentes entre nós, homens e mulheres, mas o que um sofre, o outro também sofre. Nossa vida, necessariamente, e ainda mais em Cristo Jesus, está entrelaçada e interligada. Nossa responsabilidade com a criação de Deus traz uma nova visão sobre os relacionamentos entre homens e mulheres. A dominação, a violência e hegemonia masculina não refletem a criação de Deus, mas a ofendem e estragam. Precisamos viver nossos relacionamentos conforme os padrões de Cristo: Ama ao próximo como a ti mesmo e ainda acrescenta: Ama ao próximo como eu amei vocês! Façamos assim.