Sistemas Agroflorestais

Comida Boa na Rádio

16/11/2018

SISTEMAS AGROFLORESTAIS

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O programa Comida boa na mesa traz dicas técnicas e o faça você mesmo, promovendo a agroecologia e um mundo melhor e sustentável. É produzido pelo Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia, o CAPA, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil.

Existem várias definições de sistemas agroflorestais, mas talvez o termo mais utilizado é seja agrofloresta. São sistemas de produção que combinam cultivos agrícolas anuais e perenes com árvores e animais, cultivados na mesma área, ao mesmo tempo ou em sequência.

O objetivo desses sistemas é ampliar a diversidade de espécies cultivadas em uma mesma área, em função dos benefícios que podem trazer para o meio ambiente e para as pessoas. Alguns dos ganhos ambientais e socioeconômicos são a conservação e regeneração dos recursos hídricos e da biodiversidade, o combate às mudanças climáticas, a contribuição para a soberania alimentar e nutricional e uma ótima alternativa de renda para famílias de
agricultoras e agricultores familiares.

A produção de alimentos em harmonia com a natureza é baseada na ciclagem natural de nutrientes, reforçada pelo manejo de podas e adubações verdes, dando suporte para o desenvolvimento da agrofloresta. É uma alternativa de produção de alimentos saudáveis, diferente do sistema de produção convencional, de uso de agrotóxicos e insumos químicos sintéticos.

Vale ressaltar que as agroflorestas respeitam e se adaptam aos arranjos produtivos locais, de acordo com a região e suas particularidades. Na região do Alto Uruguai do Rio Grande do Sul, existem várias experiências, com destaque para o citrus, erva-mate, banana, abacaxi, amendoim e milho. Existem ainda muitas outras possibilidades, principalmente em relação às frutas nativas da Mata Atlântica, como a jabuticaba, o araçá, a guabiroba, a bergamota, a goiaba, a juçara, a pitanga, a uvaia e a cereja do mato. 

Dicas para implantação das agroflorestas

O “lugar certo” são as áreas degradadas, para regenerar o que foi destruído.
É importante conhecer bem as plantas que se quer plantar, pensando sempre em médio e longo prazo, a fim de poder consorciar o maior número de espécies possível. Quatro fatores regulam os consórcios: a arquitetura, a tolerância à sombra, exigência em termos de solo e umidade e a afinidade no tempo da sucessão. A relação entre estes fatores define as espécies companheiras, que se beneficiam mutuamente, fortalecendo o sistema como um todo.

Com o passar do tempo os consórcios vão se sucedendo na área, dando a quem maneja diferentes produtos e serviços, cobrando conhecimento e manejo. O sucesso vem quando a regeneração natural do sistema acontece sem influência direta das agricultoras e agricultores.

As agroflorestas exigem manejo da área, com remoção de plantas doentes, enriquecimento com árvores para o futuro, podar as plantas que estejam sombreando em excesso e para renovação. Os sistemas agroflorestais são sinônimos de manejo, e não de abandono da área.

Para outras informações acesse: www.capa.org.br
Bom trabalho!


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