Pães e peixes...

Senhas diárias

28/10/2021

SENHAS DIÁRIAS - 28.10.2021
Jeremias 3.23 – Só o nosso Deus, o Senhor, pode ajudar o povo de Israel.
Mateus 15.35-36 – Jesus mandou o povo sentar-se no chão. Depois pegou os sete pães e os peixes e deu graças a Deus. Então os partiu e os entregou aos discípulos, e eles os distribuíram ao povo.
Em meio às dificuldades que o momento trazia, inimigos às portas e batalhas já perdidas indicando invasão destes exércitos, o profeta exorta o povo a confiar no Senhor e reconhecer que só Ele pode mudar a situação que se projeta muito ruim sobre Israel. O povo sabia que não havia força suficiente nos pequenos exércitos de Israel. Os inimigos eram incomparavelmente maiores. Só uma ação de Deus, intervindo e mudando o rumo da situação é que poderia salvar a nação. Jeremias aponta nesta direção e chama o povo a voltar a confiar no Senhor, pois quem sabe isso faria Deus mudar seu propósito de deixar que as invasões acontecessem. Há momentos em que vemos nossas forças se esvaírem e percebemos que a situação foge completamente de nossas mãos. Em momentos como esses percebemos o quanto somos frágeis e nossa força nada resolve. É hora de confiar que Deus tem um propósito maior com as coisas que acontecem. É um desafio que se tem ao longo da vida. Confiar em Deus.
Jesus mostra que Deus não quer a dor das pessoas, não quer dificuldades para a nossa vida. Pelo contrário, Ele quer o bem sobre nós e em nós. Ele se fez bem por inteiro ao assumir nossa culpa e trazer perdão e salvação para a humanidade. Além dessa dimensão espiritual, transcendente, Jesus também nos mostra a dimensão material, imanente. As duas estão no horizonte de Jesus para com o ser humano. Sabemos que é necessário dar a vara e ensinar a pescar. Não se pode criar dependências particulares, mas lutar e buscar por soluções em nível de sociedade, de governos. Jesus sabia disso, pois criticava os governantes, os ricos e os que tinham poder sobre o povo de seu tempo. A riqueza já estava sendo muito mal distribuída. Apesar disso, havia momentos em que era necessário dar o peixe, para que a fome, o frio e as necessidades mais prementes fossem saciadas. Por isso Ele diz para dar de comer ao faminto, vestir o que está com frio, acolher o que está com dificuldades. E nossa sociedade, com seus valores e sua ética, faz milhões de carentes. Precisamos dar, paliativamente, em certos momentos o necessário para matar a fome e continuar lutando e buscando por uma sociedade melhor. Nossa sociedade é bandida no que diz respeito aos valores humanos. Um resort pode construir uma praia particular, com ondas próprias, que custa algumas dezenas de milhões, para que pouquíssimos utilizem e se regalem. O ideal é governos comprometidos com o povo, cidadãos comprometidos uns com os outros, sociedade comprometida consigo mesma. Mas não é assim. Então, precisamos agir como Jesus também agiu em algumas situações. Não havia peixe para ser pescado naquele momento e nem fornos para assar pão, mas havia pessoas que precisavam de alimento e de cuidado naquela hora. E não adianta pensar assim, como ouvi de uma pessoa: Deus me perdoe, mas tinha que pegar uma metralhadora e passar fogo nesta gente toda (essa gente toda eram pedintes e sem teto). Vamos agir conforme Jesus. Se um condutor de caminhão está agindo com irresponsabilidade, matando pessoas pelas ruas, atropelando-as, precisamos imediatamente fazer o caminhão parar e tirar o motorista do volante. Mas enquanto não se consegue isso, é necessário ir acolhendo e recolhendo os machucados pelo caminho. As duas coisas precisam ser feitas, pois uma sociedade solidária e fraterna está longe de ser estabelecida. E tem muita gente caída ao longo da estrada. Tudo é de Deus e Ele nos presenteou para que usássemos em favor do bem comum. Vamos dar graças e usar como Ele propositou. Pensemos nisso. P. Luiz Carlos 

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Ó Senhor Deus, o teu amor chega até o céu e a tua fidelidade vai até as nuvens. A tua justiça é firme como as grandes montanhas e os teus julgamentos são profundos como o mar.
Salmo 36.5-6
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