Organismos ecumênicos promoverão justiça climática durante a COP 20

01/12/2014

Com o início da XX Conferência das Partes (COP20) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC), no dia 1 de dezembro, em Lima, Peru, igrejas-membro e parceiros do Conselho Mundial de Igrejas (CMI) iniciaram ações de incidência para promover a causa da justiça climática na perspectiva das organizações baseadas na fé.


A COP20 é um passo importante no longo caminho rumo à construção de um instrumento justo e ambicioso que substitua o Protocolo de Kyoto (assinado em 1997) e seja capaz de reduzir drasticamente as emissões de gases que causam o efeito estufa e incluir as consequências já visíveis das mudanças climáticas que estão afetando milhões de pessoas ao redor do mundo.

Paralelamente ao evento oficial da ONU, sociedade civil, redes populares, movimentos sociais, institutos de pesquisa e cidadãos em geral vão organizar a “Cúpula dos Povos sobre Mudanças Climáticas”, entre os dias 9 e 12 de dezembro.

A Igreja Metodista do Peru (IMP), uma igreja-membro do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), está integralmente envolvida nas atividades em torno da COP20 e da Cúpula dos Povos. No dia 8, a IMP promoverá a “Jornada Metodista”, uma iniciativa que incluirá oficinas sobre questões práticas como a reciclagem de garrafas e métodos de culinária saudável. Também haverá concertos musicais, apresentações teatrais e venda de comida típica peruana. O destaque da programação é o painel “Cuidado com a Criação”, com representantes de organizações ecumênicas e igrejas regionais e internacionais.

É através de sua igreja-membro local que o CMI adere às atividades programadas e organizadas pelo “Conselho Inter-religioso do Peru – Religiões pela Paz”, que tem sede em Lima, nos escritórios da direção geral para a América Latina e Caribe de Religiões pela Paz (RpP).

No primeiro dia da COP20, a delegação da Federação Luterana Mundial (FLM), formada por jovens oriundos de diversas partes do mundo, promoveu um evento para convidar as pessoas a orarem e meditarem esperando bons reusultados da conferência. O evento também expressou apoio à campanha Jejum pelo Clima, uma iniciativa inter-religiosa que tem como objetivo expressar apoio a ações de combate às mudanças climáticas.

Uma declaração sobre mudanças climáticas está sendo finalizada por diversas organizações ecumênicas e será distribuída aos delegados da COP20 e os participantes da Cúpula dos Povos. O documento irá ressaltar a preocupação com os efeitos das mudanças climáticas que já estão impactando populações na América Latina nos últimos anos.

Uma delegação oficial do CMI, formada por funcionários e representantes de igrejas-membro e organismos parceiros, vai participar da segunda semana da COP20, dando especial atenção à continuidade do trabalho baseado nos resultados da Conferência Inter-religiosa sobre Mudanças Climáticas, promovida pelo CMI e Religiões pela Paz, em Setembro, em Nova Iorque.

O Dr Guillermo Kerber, coordenador do programa do CMI Cuidado com a Criação e Justiça Climática, enfatizou que as COPs são oportunidades para fortalecer a incidência ecumênica e inter-religiosa e dar visibilidade ao trabalho feito por igrejas em torno das questões de meio ambiente e mudanças climáticas.

Mudanças Climáticas e Esperança: Tradições de Fé Juntas por um Futuro Comum, a declaração final da Conferência Inter-religiosa, será oficialmente apresentada pela delegação do CMI à COP20 no dia 11 de dezembro.
 

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