Moisés era o porta voz de Deus para o povo e do povo para Deus. Apesar de Deus não precisar de alguém que lhe dissesse o que estava acontecendo em meio ao povo, o Senhor ouvia Moisés. É o caso desta situação de murmuração que o povo fazia contra Deus. No deserto não havia comida com fartura e que sobrasse para guardar e garantir, antecipadamente, os dias que viriam. O povo tinha o suficiente para viver, e por isso tinham chegado até onde estavam. Não havia faltado comida. O que estava faltando era comida de sobra. O que estava faltando era encher os olhos gananciosos do povo. A murmuração não estava levando em conta que se tinham forças para murmurar, o Senhor havia preservado estas forças com alimento suficiente para tal. Mesmo assim, Javé, o Senhor, vai além da necessidade e coloca um momento de fartura diante dos olhos do povo. As codornizes caem sobre o acampamento e são capturadas facilmente e enchem os olhos e o estômago de todos. No dia seguinte, pela manhã, apareceu o maná, um alimento dado por Deus e, conforme diz o texto bíblico, cada um colhia o que podia comer. Moisés deu uma medida (gômer) e que, milagrosamente, era o suficiente para quem comia também pelos olhos e para quem era comedido no seu comer. O Senhor ouve o clamor e mostra que nunca esquece de seu povo. Vale para nós.
A experiência dos discípulos de Jesus e do povo que estava junto, na ocasião, é algo maravilhoso. Os poucos pães e peixes são multiplicados e todos comem com fartura. Jesus ensina a confiar que o Senhor tem para todo o mundo. Ele organiza o povo, fazendo com que olhem para Ele como aquele que tem o poder em sua mão e pode cuidar de todos. É importante confiar em Jesus, e foi o que o povo fez: sentou e esperou no Senhor. Cristo distribuiu o alimento e nada faltou, pelo contrário, todos comeram até não poder mais. E ainda sobrou. Hoje, somos chamados a confiar em Cristo, ouvir sua voz e fazer o que Ele manda. Nisto também está a possibilidade de saciar os famintos, para que nada falte e o alimento seja multiplicado. Façamos assim e enxerguemos o mundo com os olhos de Jesus. Desta forma, nossos olhos nunca terão necessidade de serem alimentados, mas apenas o estômago.