O Antigo Testamento, especialmente na palavra dos profetas, está repleto de lamentos de Deus em relação às atitudes de seu povo. O Senhor sempre quis conduzir este povo e sempre renovou sua fidelidade e misericórdia sobre ele. Deus sempre foi incansável no cuidado e na graça sobre Israel, apesar de muitas vezes pensar em abandoná-lo ao seu próprio caminho. Amós é mais uma voz, entre tantas, a exortar o povo a voltar para o Senhor e não procurar caminhos que levam ao sofrimento e à dor, simbolizados pelo fogo. O povo passava por momentos de dificuldades, às vezes por anos, mas era livrado da situação. Mesmo assim, não mudavam seu proceder a fim de viver segundo o Senhor queria, que seriam caminhos de paz e graça. Amós diz que o povo é com um galho que foi tirado do fogo, no último momento, e assim livrado de um mal maior. Saiu chamuscado, é verdade, mas foi preservado em sua integridade. Deus lamenta que nem assim o povo volta seus olhos e atitudes para sua verdade e sua palavra. Com isso, fica claro que se Deus deixar com que sofram e tenham sua integridade destruída, Ele não estará sendo injusto, porém dando liberdade até para viverem no mal.
O apóstolo Paulo nos traz uma visão nova e diz que apesar de nossos pecados, maldades e infidelidade, o Senhor não faz igual. Ele mantém sua integridade e continua fiel à misericórdia revelada definitivamente em Jesus, o Cristo. Deus não vai mudar ser jeito só para castigar alguns, pois todo o castigo do pecado, que estava sobre o mundo, sobre nós, foi assumido por Cristo e nos trouxe libertação, perdão, paz e graça incomparáveis. Sua oração, bem como sua certeza, é de que Deus continue a ser verdadeiro, isto é, mantenha sua graça e sua misericórdia sobre nós. Podemos confiar e nos entregar nas mãos do Senhor.