Esta palavra de 1.º Samuel faz parte do cântico de louvor que Ana faz ao Senhor por ter sido presenteada com um filho, Samuel. Ela se sente a pessoa mais feliz do mundo e expressa toda a sua alegria por ter sido escutada por Deus em suas preces. E ao cantar, ela lembra aos seus ouvintes que Deus é Todo Poderoso e nada está fora do seu alcance. Ele tem tudo nas mãos e sua vontade sempre é feita. Ele é o único Deus que existe. Também reconhece que seu olhar está posto nos fragilizados e nos débeis. Ela denuncia que aqueles que têm muito, os ricos, perderão sua riqueza e haverão de mendigar o pão, enquanto que os famintos haverão de ser saciados. Afirma que a estéril, ela mesma, que sofria com a falta de um filho, agora pode se regozijar porque Deus a presenteou e ela não sofrerá mais. No seu cântico ela afirma que Deus dá a vida e também a tira, que Deus empobrece e enriquece a quem ele quiser, levanta o sofredor de sua dores e exalta o necessitado. Seu cântico expressa o poder absoluto de Deus e que nada existe ou acontece sem o querer do Senhor. Assim, sua alegria se fundamenta no fato de que Deus tem um olhar e uma ação direcionada para reerguer o sofredor, pois não quer as desigualdades que existem. Ele quer o bem de todos e coloca riqueza suficiente à disposição para que todos tenham este suficiente. Porém, quando uns têm demais e outros de menos, a palavra de Ana anuncia que Ele agirá para mudar isso.
Paulo diz que leva no seu corpo, juntamente com outros cristãos, o jeito e as marcas do viver de Jesus. Isto é, ele busca viver com Jesus viveu: evangelizando e ajudando a quem precisa. Sua tarefa especial era a de evangelizar os que não conheciam a Cristo. O seu viver mostra o sofrer pela causa de Cristo em favor de todos os que encontra. Deixou seu status para viver segundo a vida mostrada pelo próprio Cristo. Para nós, a palavra de Paulo indica a importante busca por imitar ao Senhor, fugindo de tudo o que não auxilia as pessoas a viverem com dignidade. As marcas de Cristo sempre foram dar de si para que todos tenham. A morte de Cristo foi, e é, esvaziar-se para encher os outros. E isso Paulo sempre fez e testemunhou ao longo de seu ministério. Isso também é um chamado a nós, igreja do século 21. Precisamos aprender que sempre que o Senhor dá fartura para uns, é para que eles repassem para os que estão famintos. Façamos assim. Esta é a missão da Igreja de Cristo: morrer como Cristo morreu.
