Nelson Mandela: Lealdade a princípios, justiça, paz

Federação Luterana Mundial homenageia ex-presidente Sul-Africano como uma das "personalidades mais inspiradoras do nosso tempo"

06/12/2013

Em uma homenagem a Nelson Mandela, que morreu ontem com a idade de 95 anos, a Federação Luterana Mundial (FLM) definiu o ex-presidente Sul-Africano como a ¨personalidade mais inspiradora do nosso tempo¨.

¨Orar em conjunto com a sua família, com o povo da África do Sul e com as pessoas ao redor do mundo e lamentar, mas devemos lembrar também felizes e gratos da personalidade e das realizações deste grande homem¨, afirmam hoje o Presidente FLM, Bispo Dr. Munib A. Younan, e secretário-geral da FLM Rev. Martin Junge em declaração conjunta.

¨Ele representava a lealdade aos princípios, lutou pela justiça, promovia a paz¨, sublinharam os representante da FLM na nota de condolência pela morte de Mandela, que foi de, 1994 a 1999, o primeiro presidente democraticamente eleito da África do Sul. Sob o regime do apartheid na África do Sul. Mandela foi judicialmente condenado por tentar, então, derrubar o governo pela força. Depois de 27 anos de prisão, ele foi libertado, em 1990, graças a uma campanha global. Em 1993, juntamente com o ex-presidente Frederik W. de Klerk, recebeu o Prêmio Nobel da Paz .

Ele ¨dedicou a sua vida à construção de uma nova África do Sul - um país em que aos olhos da lei todos são iguais, em que a discriminação e o apartheid racial não têm lugar, em que, nas palavras de Martin Luther King, as pessoas são julgadas pela essência do seu caráter e não pela cor de sua pele¨, declararam Junge e Younan .

Durante sua prisão, Mandela tinha fé inabalável na justiça da luta que o Congresso Nacional Africano levava contra o apartheid, e que ela seria por fim vitoriosa.

¨Ele ensinou aos sul-africanos brancos - sim, todos os sul-africanos - que todos eles têm o seu lugar na nova África do Sul. A dignidade de todos deve ser respeitada, todos devem beneficiar-se da proteção da Constituição, todos devem ter plenos direitos civis¨, segue o comunicado.

Mandela, que, voluntariamente, deixou o cargo no final do seu primeiro mandato como presidente, tinha consciência de que para uma paz duradoura na África do Sul era essencial a reconciliação e que não havia espaço para a vingança, de um e de outro lado, de apagar o passado e mostrar que não teriam existido crimes.

¨Ele entendeu que um povo sem memória é um povo sem futuro¨, destaca a declaração da FLM. Através da criação da Comissão Verdade e Reconciliação Mandela tornou possível um processo de confissão e de perdão de culpas, para que a África do Sul pudesse caminhar em direção ao futuro.

Os representantes da FLM concluiram: ¨Deus seja agradecido por Nelson Mandela!¨

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Ser batizado em nome de Deus é ser batizado não por homens, mas pelo próprio Deus.
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