Ao pé da manjedoura estou, Jesus, ó minha vida;
O que me deste, aqui te dou, com alma agradecida
Entrego-te com devoção minha alma, mente e coração
Aceita-os com agrado!
O ano 2001 já está se aproximando do fim e mais uma vez chegamos perto do Natal. Logo aparecerão os primeiros enfeites nas lojas e nas ruas. As famílias estão se programando para passar o feriado juntas e na comunidade começarão os primeiros ensaios para o presépio.
Isto desperta em nós os mais diversos sentimentos. As crianças, em geral, ficam muito contentes, pois para elas Natal contém uma promessa bem concreta: além da comida boa, elas ganham presentes e se alegram com a presença de parentes queridos que vêm justamente nestas datas. Além do mais elas gostam de mexer com tudo que tem a ver com a festa e que para elas nunca deixa de ter um certo encanto.
De uma forma bem diferente o Natal se apresenta para alguns adultos. Devido à crise econômica, os gastos que esta festa traz consigo podem se tornar pesados. Para as donas de casa, além do mais, Natal pode trazer uma grande sobrecarga de serviço.
Será o Natal então uma festa triste? Um estresse, um desgaste, motivo de alegria só para alguns, mas não para todos? Ainda mais agora, na situação de tensão e guerra que parece pairar sobre o mundo, mesmo em países afastados do foco do conflito, como o Brasil.
“Eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria que o será para todo o povo..” o anjo fala em Lucas 2,10s. “É que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador. Que é Cristo, o Senhor”.
Isto é o Natal: nada menos do que o momento em que o céu e a terra se tocam, o momento em que Deus se tornou homem, uma criança pequena, envolta em faixas.
Ouvi nestes dias uma história que, de repente, pode ajudar a nos trazer mais perto da manjedoura, nos aliviar e trazer a luz o carinho e o encanto que residem nesta palavra tão simples - Natal.
A história tem por título: Presente de Natal
Depois que os pastores haviam se retirado, tudo silenciou ao redor do presépio. Foi quando o menino Jesus levantou a cabeça e olhou para a porta. Ali estava uma menina, tímida e triste. Chega mais perto, disse Jesus. Por que estás com medo? Eu não trouxe nenhum presente para ti, respondeu a menina. Ó, mas eu gostaria que me desses três coisas, disse Jesus. Mas eu não tenho nada para te dar, respondeu a menina, encabulada.. Podes dar-me o desenho que fizeste de manhã ?
Ninguém gostou do desenho, disse a menina, com tristeza.
É por isso que eu o quero, falou Jesus. Quero que sempre me dês aquilo que os outros não gostam e também aquilo que não gostam em ti.
O menino Jesus continuou: Como segundo presente dá-me teu prato.
Eu o quebrei hoje de manhã, disse a menina.
Sim, é por isso mesmo que eu o quero. Quero consertá-lo. Quero que sempre me tragas o que estiver quebrado em tua vida.
O menino Jesus acrescentou: Como última coisa, quero que me dês a resposta que deste a teus pais, quando te perguntaram a respeito do prato.
Eu menti, disse a menina.
Eu sei, respondeu Jesus. Mas quero que sempre tragas para mim o que está errado em tua vida. Tuas mentiras, tristezas, complexos e a tua falta de confiança. Quero te dar minha alegria para substituir a tua tristeza, minha paz para substituir tua ansiedade, minha sinceridade para substituir tuas mentiras e o meu amor para preencher a tua amargura.
Com o desejo de um abençoado tempo de preparo para o Natal
Pastora Bärbel Vogel