Estas palavras do livro de Provérbios são repetidas inúmeras vezes ao longo das Escrituras Sagradas. A honestidade agrada a Deus e é uma condição daqueles que amam ao Senhor. Deus não olha para as riquezas e posses que se consegue durante a vida, mas para o jeito como às conseguimos e, principalmente, para o jeito como às usamos em relação ao próximo. Por isso, é melhor ter pouco, ou o suficiente para viver, do que prosperidade alicerçada sobre o cuidado só consigo mesmo. A exortação do provérbio se destina a fazer-nos refletir sobre como agimos entre as pessoas com as quais convivemos. Sabemos que a sociedade idolatra a riqueza e a fama, e centra sua força na ostentação. Quem ostenta é herói e ídolo. A sociedade atual, seja qual for, não vive para o ser humano, mas vive para o dinheiro: Melhor é ter muito lucro com desonestidade, do que ser honesto e ter pouco. Exatamente o contrário do que a palavra de Provérbios afirma.
Por seu lado, Paulo também aconselha os tessalonicenses a cuidar do jeito como vivem entre si e com a sociedade ao seu redor: Que ninguém prejudique o seu irmão, nem desrespeite os seus direitos! Pois o Senhor castigará duramente os que fazem essas coisas. Lutero nos chamou a atenção sobre isso nas suas explicações sobre os Dez Mandamentos no Catecismo Menor. Ele diz que se aproveitar das dificuldades econômicas de algum irmão, e prejudicá-lo pegando seus bens por um valor que não condiz realmente, é roubar de quem está com problemas e tornar este problema maior. Precisamos ser testemunhas de que o amor a Deus e ao próximo são os maiores valores que temos e que a sociedade atual perdeu-se ao longo da história. Sejamos honestos e nos empenhemos por auxiliar a quem está passando por dificuldades. Isso agrada a Deus.