José finalmente se dá a conhecer aos seus irmãos. Se apresenta como o irmão que fora vendido como escravo, mas que tudo isso era plano de Deus e se tornou em bênção posterior pois foi a garantia da sobrevivência de toda a família em meio àqueles momentos tão difíceis que estavam acontecendo por causa da seca e da fome que se alastrava. A alegria toma conta de todos e José manda muitas provisões para o pai e para o restante da família, bem como dá um presente especial para Benjamin. Os irmãos deveriam levar tudo isso e repartir, conforme estabelecido, entre todos. Antes de partir, porém, José faz uma observação: Não briguem pelo caminho. Há nesta exortação um quê de desconfiança. José conhecia bem seus irmãos e a índole deles. Sabia que ter aquela fartura ao alcance da mão poderia inflamar a cobiça deles e criar brigas pela mercadoria. Ao mesmo tempo, ele quer preservar a união dos irmãos e trazer seu pai e o restante da família para viver bem, no Egito. Não briguem pelo caminho também serve para nós em nossos relacionamentos e diante dos bens que estão à nossa disposição, que não são apenas materiais, mas também são de liderança na família e na comunidade. Precisamos viver em paz e com objetivos comuns de cuidado com nosso próximo.
Paulo faz o mesmo apelo e a mesma exortação. Não briguem entre vocês, mas tenham paciência uns com os outros, perdoem uns aos outros e não guardem rancor. O caminho é cheio de percalços e a possibilidade de contratempos e brigas está presente o tempo todo: onde há relacionamentos, também há tensões a serem superadas. Por isso é fundamental que a mansidão e a paciência façam parte de nosso dia a dia. Só assim poderemos caminhar na mesma direção, apesar de nossas diferenças, que precisam dar qualidade para a nossa diversidade e não ser motivo de desavenças e encrencas familiares e comunitárias. Não briguemos pelo caminho, antes caminhemos repartindo toda a fartura que o Senhor tem nos dado.