Mulheres e homens: caminhada conjunta

Senhas diárias

14/05/2019

Deus conduz mulheres e homens ao longo da história humana com Ele. Desde a criação somos exortados a perceber que Deus não olha diferente para mulheres e homens. Deus não prefere ou privilegia o home em detrimento da mulher. É verdade que a cultura masculina, que predomina até hoje, construiu uma dominação do homem sobre a mulher, especialmente baseada na força física. Isso se alastrou para todas as áreas, fazendo com que a mulher fosse relegada a segundo plano nas relações humanas. Sabemos que na prática isso não era, não é e não será assim. A Bíblia foi escrita com base nesta concepção masculina de mundo e sua tradução também se baseou nisso. Com isso perdemos, ao longo da história, a riqueza das relações igualitárias entre mulheres e homens. Hoje existe uma luta ferrenha em nossa sociedade, a qual não teria necessidade de existir se houvesse verdadeiro bom senso e percepção razoável sobre esta relação de iguais que é a vivência de femininos e masculinos segundo os verdadeiros valores de Deus, o Senhor. Especialmente os valores de Cristo Jesus. São inúmeras as passagens bíblicas, que a concepção masculina deixou passar, e que mostram esta realidade de iguais perante Deus. Rute é um destes exemplos de mulher cuidada e abençoada pelo Senhor, mostrando, como o próprio Boaz diz, que o Senhor tinha recompensa de vida para ela, como tinha para homens. E o Senhor a conduziu, bem como à sua sogra Noemi.
Paulo tem esta consciência do lugar da mulher ao lado do homem, e muitas vezes à frente dele. Ele recomenda, em meio às fortes concepções masculinas existentes na época, que a comunidade de Roma receba à Febe, mulher e diácona, bem como liderança na comunidade de Cencreia, assim como Estevão e outros, e assim como Paulo, Tíquico, Epafras e Timóteo também são denominados diáconos em outras passagens bíblicas. Diferente das percepções atuais, à época, as diáconas e diáconos também eram lideranças fortes nas comunidades, juntamente com presbíteros. Atualmente sabemos que as comunidades, especialmente na IECLB, estão nas mãos das mulheres. Os cargos, em muitos casos, são preenchidos por homens, mas a prática está muito mais com o mundo feminino. Precisamos erguer a verdadeira bandeira da concórdia para uma caminhada segura e fraterna nas comunidades e na sociedade. Temos compromisso, como igreja cristã, de mostrar que Jesus não era preferencialmente masculino ou feminino. Sua ação abrangia seres humanos, especialmente os fracos e desgraçados da vida. Pensemos nisso e façamos assim. 


Autor(a): P. Luiz Carlos
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste / Paróquia: Rio Claro (SP)
ID: 51827
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