Mensagem do 1º Encontro da Rede de Diaconia – Articulação Sudeste

10/09/2015

Mensagem do 1º Encontro da Rede de Diaconia – Articulação Sudeste

São Paulo, 09 e 10 de setembro de 2015.

E Jesus disse aos discípulos: O que vocês conversam pelo caminho?

Nós, Instituições da IECLB, braços diaconais dela, oriundas dos Estados de Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro e São Paulo, reunidas no 1º Encontro da Rede de Diaconia – Articulação Sudeste, em São Paulo, organizado pela Secretaria de Ação Comunitária / Secretaria Geral da IECLB e a Fundação Luterana de Diaconia, somos de contextos e práticas diferentes, no entanto motivados e motivadas unicamente pela prática diaconal que entendemos ser a prática de nossa fé em Jesus Cristo que, ao encarnar-se, tornou-se um igual com o objetivo de resgatar o ser humano de sua situação de miséria, tornando-nos seus braços, mãos e pernas neste mundo, com voz profética de denunciar injustiças e anunciar sua vontade de construir em definitivo um novo reino de equidade, justiça, respeito e liberdade com ações concretas já agora até que venha em definitivo.

Meditamos sobre o “caminho de Emaús” onde percebemos que nesta caminhada de prática de fé não estamos sós, mas o próprio Deus caminha conosco sem muitas vezes percebermos.

Há preocupação da IECLB em estreitar laços cada vez mais fortes entre as Instituições diaconais para o compartilhar de experiências e buscar novas possibilidades por meio da Rede de Diaconia. Fomos conclamados a participar cada vez mais dessa rede e mantê-la sempre com informações a respeito dos trabalhos que estão sendo realizados.

Também nos foi apresentado um novo desafio que é o Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil, por meio da lei 13.019/2014, a qual orienta convênios e parcerias com o poder público. Percebemos a necessidade de nos apropriarmos dessa lei, assim como, promover ações de adequações a ela, sem perder nosso ser diaconal.

Discutimos a respeito da justiça de gênero e percebemos que se faz necessária a prática de várias ações, dentre elas, a desconstrução da linguagem machista,
patriarcal e opressora que impera em muitas famílias e comunidades e que precisamos investir e incentivar a educação das crianças e jovens nas famílias, também através dos encontros com crianças e jovens para que haja relação de equidade entre homens e mulheres, além de outros espaços onde a Igreja tem poder de ação.

Refletimos sobre a relação entre nossos projetos e as comunidades e concluímos que o despertar de ações diaconais, de sensibilidade para com o próximo parte da própria comunidade e que, pelo fato de a diaconia nascer no seio da comunidade, não podemos nos distanciar dela, assim como da estrutura de nossa Igreja.

Constatamos que as nossas fortalezas estão baseadas na visão de ação ecumênica, lideranças e recursos humanos que abraçam com carinho e responsabilidade e que nossas comunidades fazem acontecer de fato a diaconia e temos muita história diaconal neste país.

Porém, percebemos que nossas fraquezas estão ancoradas nas faltas de: conhecimento mutuo, sustentabilidade, coragem, cultura de rede, fôlego em função das demandas, estratégia de visibilidade e comprometimento, visão, leitura da realidade de conjuntura, pro atividade e protagonismo.

No entanto, foram apontadas oportunidades como: Encontro das Instituições, rompimento da solidão, troca de informações, possibilidade de ampliação de captação de recursos e compartilhamento de métodos – modos de fazer. A manutenção da dialética entre comunidade e projetos e a possibilidade da rede oportunizará visibilidade, encontro e reencontro, assim como formação, contribuição para o crescimento e desenvolvimento do trabalho. Fomos alertados/as sobre a importância da sistematização das práticas institucionais, ou seja, necessitamos construir nossa memória histórica.

Algumas ameaças foram detectadas como: conflito entre projetos, vaidade institucional (querer ser o melhor da rede), falha de comunicação interna e externa, falta de planejamento da própria rede para que se torne cada vez mais instrumento de apoio e desenvolvimento institucional.

Diante disso, decidimos então, constituir um grupo gestor com um/a representante de cada Estado para formalizar a criação da Rede de Diaconia Articulação Sudeste.

Como sugestão de encaminhamento, após constatar a necessidade de formação de nossos gestores nas áreas jurídicas, contábeis e de captação de recursos para o Terceiro Setor, assim como ações para dar visibilidade ao trabalho realizado objetivando a sustentabilidade, solicitamos à direção da IECLB que nos auxilie nessa empreitada.


Assinam os representantes das Instituições:

Centro Social Heliodor Hesse
Instituição Beneficente Martin Lutero (IBML)
Associação Luterana Alvo
Centro Social e educacional Sal da Terra
Centro Social Talita Cumi
Programa Comunitário da Reconciliação
Comunidade Evangélica de Campinas
Comunidade Evangélica de Limeira
Missão aos Marinheiros
Trabalho com o povo de rua/Moradores de Rua – São Paulo
Educar pela Paz
Associação Diacônica Luterana (ADL)
Associação Albergue Martim Lutero
Associação Central da Saúde Alternativa (Acesa)
Sínodo Sudeste
Fundação Luterana de Diaconia (FLD)
Secretaria de Ação Comunitária/Secretaria Geral da IECLB


Âmbito: IECLB
Área: Missão / Nível: Missão - Diaconia / Organismo: Rede de Diaconia
Natureza do Texto: Manifestação
Perfil do Texto: Mensagem
ID: 34866
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