A grande maioria dos salmos, que eram hinos cantados nos cultos (templo, sinagogas e celebrações diversas), chamavam para louvar a Javé, o Senhor, pois Ele era o Salvador de seu povo. A longa história de Deus com Israel permaneceu na fé do povo. Era comum retomar estes fatos, pois eram o fundamento para a permanência como povo do Senhor. As vitória obtidas ao longo da caminhada pelo deserto e na tomada da terra serviam como base de fé para o povo. Os atos do Senhor em favor de seu povo eram cantados e anunciados em meio às celebrações acontecidas. A gratidão por tudo o que Deus já havia feito estava, ou deveria estar, no coração das pessoas e era externada nos cultos. Ao menos os hinos apontavam para isso. Era sempre um convite à comunhão, ao cuidado de uns para com os outros, à renovação da fidelidade e da confiança em Javé.
Também estava no coração e na vivência diária dos primeiros cristãos que permaneciam em Jerusalém, vivendo a nova fé, à espera da volta de Cristo. Eles louvavam ao Senhor Jesus pela salvação recebida e conviviam entre si em comunhão e cuidado mútuo. Estes cristãos tinham tudo em comum e também cuidavam uns dos outros para que ninguém passasse necessidades ou dificuldades. Esperavam para logo a volta de Cristo, o que dava a sensação e a certeza de que não precisavam guardar coisa alguma para si, e sua prática era de comunhão e cuidados mútuos extremos. Tudo era colocado a serviço dos irmãos e irmãs. Essa prática foi sendo racionalizada com o passar do tempo, pois Jesus não voltava como era esperado, mas nunca acabou. Ela se mantém assim até hoje na Igreja de Cristo e o cuidado com o próximo é uma marca desta Igreja. Façamos assim também.