Igrejas são apenas vasos de barro na promoção da paz, afirmam teólogos

17/05/2011

“Dona nobis pacem: Dá-nos paz, é a nossa oração” - pedirão luteranos do Brasil no culto de domingo, 22, aderindo às vozes que ecoarão de todas as partes do planeta vindas de igrejas, grupos, pessoas e congregações que atenderão o apelo da Convocatória Ecumênica Internacional pela Paz (CEIP), organizada pelo Conselho Mundial de Igrejas (CMI) em Kingston, Jamaica.

Reflexão de teólogas e teólogos luteranos motivados pela Convocatória reconhece que em muitos conflitos as igrejas não vivem de acordo com sua vocação. “A Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) confessa seus pecados, arrepende-se e pede perdão pelas vezes em que não tem tomado uma posição firme como instituição em favor da justiça, da não-violência e do cuidado da criação”, dizem.

A paz é uma consequência da justiça e ser agente de Deus exige o esvaziamento de si mesmo, como Cristo o fez. Também significa tornar-se vulnerável e caminhar com os feridos. “Vivemos num tempo em que forças da violência ameaçam a existência futura de nosso planeta e a possibilidade de uma vida digna para todas as pessoas. A miséria, a fome e a desigualdade aguçam a violência e distanciam os seres humanos do Criador”, analisam os teólogos e teólogas.

A IECLB aguarda a aprovação da Declaração pela Paz, que sairá do encontro de Kingston, para usá-la como material didático em suas comunidades e grupos de reflexão, assim como já o faz na análise de temas da paz, justiça e cuidados da Criação.

Não só reflete sobre os temas, mas também parte para a ação, como é o trabalho do Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor, do Conselho de Missão entre Índios, do setor da juventude e de tantas atividades desenvolvidas em âmbito local por paroquianos, leigos e pregadores.

Teólogos e teólogas luteranos lembram que a paz é fruto da justiça, que só é completa quando envolve aspectos políticos, econômicos e sociais. Frisam que o mundo não pode oferecer a paz verdadeira, que está apoiada no Cristo, e que as igrejas, no papel de instrumentos da paz de Deus, são apenas vasos de barro.

A reflexão leva a assinatura das teólogas Marie Krahn, Cleide Schneider, Sibeli da Silva Diefenthaeler, e dos teólogos Allan Krahn, Marcos Aurelio de Oliveira, Altermir Labes e Marcelo Schneider.

ALC

 

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