IECLB renova e amplia acordo bilateral com o Conselho Mundial de Igrejas

12/03/2014

Um novo acordo ampliou e aprofundou as relações do Conselho Mundial de Igrejas (CMI) com a IECLB e tornou a igreja peça estratégica nas relações do CMI com a América Latina e Caribe. Com o contrato, assinado em 1 de março de 2014, a IECLB passou acolher um escritório do CMI em sua sede em Porto Alegre. O acordo é um incremento ao modelo vigente desde 2011.

A eleição, em 2006, do então presidente da IECLB, P. Dr. Walter Altmann, ao cargo de moderador do CMI aproximou de forma contundente a IECLB da agenda daquele organismo ecumênico global. Com apoio financeiro de igrejas luteranas do Norte, a IECLB pode contar, ao longo dos 7 anos de serviço voluntário do P. Altmann ao CMI, com uma pessoa responsável pela assessoria direta e conexão entre o moderador e o escritório central do CMI, em Genebra, Suíça. Este cargo foi ocupado pelo teólogo Dr. Marcelo Schneider.

Com o final do mandato de Altmann e a chegada do P. Dr. Nestor Friedrich à presidência da IECLB, ao final de 2010, o cargo de assessoria ao moderador do CMI passou a ser de tempo parcial. O CMI, então, propôs à igreja um modelo experimental de cooperação bilateral na área de comunicação. A nova liderança da IECLB apoiou a ideia e firmou um primeiro acordo através do qual Schneider passou a atuar, entre março de 2011 a fevereiro de 2014, como correspondente para América Latina do departamento de comunicação do CMI.

“Este conceito de correspondente regional era algo novo e precisava ser testado. Sonhávamos em ter mais proximidade da vida das igrejas e organismos e contar as suas histórias para o mundo, além de termos maior penetração de nossas notícias na região”, relembra Schneider.

A experiência deu certo e, após a 10ª Assembleia do CMI, realizada em Busan, Coreia do Sul, entre outubro e novembro de 2013, o CMI anunciou a criação das posições de correspondentes regionais de comunicação na Europa e na Asia, em parceria com a Igreja da Suécia e a Igreja Presbiteriana da Coreia, respectivamente.

O modelo prevê o repasse, por parte do CMI, de subsídio finaceiro anual à igreja parceira que, por sua vez, oferece insfraestrutura física e apoio administrativo ao escritório.

De acordo com o novo modelo de trabalho, Schneider passa a exercer função em tempo integral junto ao CMI, assumindo responsabilidades nas áreas de comunicação, captação de recursos, formação teológica ecumênica e relações com as igrejas e organismos das regiões da América Latina e Caribe.

“O trabalho é, basicamente, de cultivo, reforço e criação de redes de cooperação ecumênicas a partir da agenda do CMI”, afirma Schneider. “Há temas transversais, como gênero, justiça climática, questões territoriais de povos originários, juventude, espiritualidade ecumênica e incidência pública que permeiam todo nosso trabalho em busca da unidade entre as igrejas e a defesa de causas comuns em favor da justiça e da paz”, continuou Marcelo, de 42 anos, casado com Adriana e pai de Maria Luisa, de 8 anos.

“O movimento ecumênico vive uma nova fase, com dinâmicas diferentes e relações nas quais o engajamento e cooperação efetiva se tornam muito mais difíceis se não estivermos vivenciando tudo de perto e realmente de mãos dadas”, ressalta. “Por isso, é importante o CMI dispor-se a reinventar-se, ousar e buscar espaços de cooperação nas quais entende que uma de suas principais funções é reforçar e apoiar igrejas e organismos locais em sua missão”, concluiu.
 

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