Fraternidade e diálogo como compromisso de amor - Efésios 2.14 - Pastor Marcos Jair Ebeling - 17 de fevereiro de 2021

Oração em tempo de coronavírus

16/02/2021

Irmão e irmã, a paz.

Hoje é 4ª feira de cinzas. A data marca o início da quaresma. São 40 dias antes da Páscoa como um tempo presente que Deus nos dá para a reflexão e oração; para a reconciliação e conversão. Converter-se para Deus e reconciliar-se com as pessoas.

No tempo da quaresma deste ano as Igrejas Cristãs celebram a Campanha da Fraternidade Ecumênica.

O tema é: Fraternidade e Diálogo: Compromisso de Amor.

O lema de Efésios 2.14 ilumina a caminhada: Cristo é a nossa paz, do que era dividido fez uma unidade.

Recomendo que você leia a carta aos Efésios. Ela fala de uma comunidade cristã dividida e como uniu-se novamente. De forma breve eu explico: existem dois grupos na comunidade: um é formado por cristãos de origem judaica que entende ser muito importante manter a lei de Moisés e a circuncisão dos homens como elemento central da fé cristã; o outro grupo é formado por cristãos de origem helênica que entendem que não, que o mais importante é a fé na morte e ressurreição de Jesus Cristo. Esta divisão entre eles é tão forte e intensa que existe inclusive um muro no templo que divide os dois grupos. Podemos falar de divisão estrutural.

O apóstolo Paulo tem a tarefa de orientar a comunidade na fé, sobretudo na unidade. E o faz de forma muito bonita ao dizer que a unidade da fé está em Cristo Jesus. Cristo é o elo de ligação entre todas as pessoas que nele creem. A conclusão parece um tanto quanto óbvia: olha para Cristo e não para as formas como as pessoas constroem sua própria expressão da fé.

Pois bem. As discussões acaloradas da internet na última semana são um sinal claro de como o povo de Deus está dividido. Todos falam da fé, mas cada qual da forma como entende esta fé.

A tarefa da comunidade cristã é apontar para Cristo e, a exemplo dele, praticar o diálogo, a justiça e o amor ao próximo. Se algo pode e deve ser feito de forma apaixonada é isso.

Será esta uma tarefa fácil? Certamente que não. Afinal, temos muitas dificuldades em perceber expressão da fé em quem a professa diferente de nós. Mas isto não elimina a tarefa de dialogar em amor. A Campanha da Fraternidade Ecumênica será, justamente por isso, exercício religioso e social dos mais importantes.

Não posso terminar esta oração da manhã sem lembrar das muitas vítimas do novo coronavírus. No Brasil já são mais de 230 mil mortes, além de muitas pessoas doentes, entre elas várias lideranças de comunidade, ministros e ministras da IECLB.

Quero reforçar a nossa fé: Deus não abandona o seu povo. Ele cuida de quem está doente e consola quem está enlutado, ouve a oração e com misericórdia responde.
As celebrações da Campanha da Fraternidade Ecumênica são um belo espaço para que todo o povo de Cristo se una em oração pelas vítimas da divisão e do coronavírus. Oremos todos juntos a Deus para que tenha misericórdia do seu povo, nos conceda uma vacina, a cura e tempos de paz.

Oremos: Amado Deus. A diversidade é dádiva da criação, a unidade expressão da fé. Una-nos na fé em Jesus Cristo e torna-nos um só corpo em ti. Gestos de paz, palavras de amor e atitudes de reconciliação sejam fruto da fé.
Faz, Senhor, da Campanha da Fraternidade Ecumênica um espaço de cura e de diálogo. Que seja espaço de oração e solidariedade com todas as pessoas que te invocam em busca da cura para a doença do coronavírus.
Vem Senhor, cuida e reconcilia o teu povo. Em nome de Cristo, amém.

A paz, a bênção e a proteção de Deus sejam com vocês hoje e sempre. Amém. 

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Portanto, já que vocês aceitaram Cristo Jesus como Senhor, vivam unidos com ele. Estejam enraizados nele, construam a sua vida sobre ele e se tornem mais fortes na fé.
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