Cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo., do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor. (Efésios 4:16)
Não há como negar a relevância dos relacionamentos interpessoais na vida do ser humano. Desde o ventre materno ele sempre está em relação com alguém. É isso que dá sentido à dinâmica da vida em sociedade.
Na vida cristã e na Igreja, não é diferente. Só é possível PARTICIPAR da comunidade, SER comunidade e TESTEMUNHAR a sua vida em comunidade, ali onde a mutualidade cristã é praticada. A própria figura da igreja como Corpo de Cristo aponta para a necessidade da interdependência entre os seus membros. Porém, este relacionamento orgânico não pode ser entendido como mera interação social e institucional, mas antes, como uma interação mútua de amor e serviço fraterno entre os crentes. Eis aí a comunhão da qual a Escritura fala – Eu, Deus e o próximo.
Toda comunhão se baseia na relação de uns com os outros a partir do amor primeiro do Deus Triúno em nossas vidas. O amar uns aos outros só é possível porque Deus amou primeiro (João 3.16). O servir uns aos outros, porque Deus se fez servo (Filipenses 2.5). O suportar uns aos outros, porque “Ele tomou sobre si as nossas dores” (Isaías 53.4). Enfim, a mutualidade cristã é esse olhar recíproco de corações agradecidos que compreenderam o que é viver em Cristo, por Cristo e para Cristo e também, uns com os outros e uns para com os outros.
Os relacionamentos interpessoais quando norteados pela mutualidade bíblica e praticados sob a marca do amor fraternal, não só são relevantes para a edificação de uma comunidade cristã, como também são primordiais para que haja vida orgânica na igreja, serviço em favor do próximo e alegria em dizer: EU VIVO COMUNIDADE!
P. Marcus David Ziemann
é Pastor na Comun. Evang. de Conf. Luterana de Oxford
em São Bento do Sul - Santa Catarina
Sínodo Norte Catarinense