Esta mensagem é especial para as mães que se consideram más

08/05/2005

Um dia, quando os meus filhos e filhas forem crescidos o suficiente para entenderem a lógica que motiva os pais e as mães, eu hei de lhes dizer:
Eu os amei o suficiente para ter perguntado: onde vão, com quem vão e a que horas regressarão. Eu os amei o suficiente para os fazer pagar as balas que tiraram da mercearia e os fazer dizer ao dono: nós roubamos isto ontem e queríamos pagar. Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé junto de vocês duas horas, enquanto limpavam o seu quarto; tarefa que eu teria realizado em quinze minutos. Eu os amei o suficiente para os deixar ver, além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos. Eu os amei o suficiente para os deixar assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.

Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes não, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso. Essas eram as mais difíceis de todas as batalhas. Estou contente, venci... porque, no final, vocês venceram também. E qualquer dia, quando meus netos enetas forem crescidos o suficiente para entenderem a lógica que motiva os pais e as mães, meus filhos/as vão lhes dizer quando eles/as lhes perguntarem se a sua mãe era má: eles/as responderão: sim, nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo.

As outras crianças comiam doces no café, e nós tínhamos que comer cereais, ovos e torradas. As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvete no almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. Ela nos obrigava a jantar á mesa, bem diferente das outras mães, que deixavam seus filhos e filhas comerem vendo televísao. A toda hora, ela insistia em saber onde nós estávamos. Era quase uma prisão.

Mamãe tinha que saber quem eram os nossos amigos/as e o que nós fazíamos com eles/as. Insistia que lhe disséssemos que íamos sair, mesmo que demorássemos só uma hora ou menos. Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela violou as leis do trabalho infantil. Nós tínhamos de lavar a louça, fazer as camas, lavar a roupa, aprender a cozinhar, aspirar o chão, esvaziar o lixo e todo o tipo de trabalhos cruéis. Eu acho que ela nem dormia à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer.

Ela insistia sempre conosco para lhe dizermos a verdade, e apenas a verdade. E quando éramos adolescentes, ela até conseguia ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata. Ela não deixava os nossos amigos e amigas tocarem a buzina para que nós saíssemos. Tinham de subir, bater à porta para ela os conhecer. Enquanto todos podiam sair à noite com doze, treze anos, nós tivemos de esperar pelos dezesseis.

Por causa da nossa mãe, nós perdemos imensas experiências da adolescência. Nenhum de nós esteve envolvido em roubos, atos de vandalismo, violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime. Foi tudo por causa dela.

Agora que já saímos de casa, nós somos adultos, honestos e educados, estamos fazendo o nosso melhor para sermos pais maus e “mães más”, tal como a nossa mãe foi. Eu acho que este é um dos males do mundo de hoje: não há suficientes mães más...

Se você ainda não é mãe, ou não é má, considere esta mensagem como um conselho.

Autoria desconhecida

REDE DE RECURSOS
+
ECUMENE
+
O Senhor renova as minhas forças e me guia por caminhos certos, como Ele mesmo prometeu.
Salmo 23.3
© Copyright 2024 - Todos os Direitos Reservados - IECLB - Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil - Portal Luteranos - www.luteranos.com.br