SENHAS DIÁRIAS - 23.01.2021
O desejo de Deus sempre foi o bem para com o ser humano. Ele não quer o bem de uns e o mal de outros. Isso é fake news. O povo de Israel experimentou isso de forma mais presente ao longo de sua vivência. Mas Deus não queria o bem apenas para Israel. Em meio às dores do exílio e da terra destruída, o Senhor envia seus profetas para reafirmar seu desejo de fazer o bem sempre. Jeremias reforça este anúncio do Senhor para com seu povo e também para com todos os seres humanos. O problema é que Israel entendia que Deus queria o bem só para o seu povo. Deus tem prazer em fazer o bem, diz Jeremias. Porém, o bem sempre envolve o próximo e os próximos. O bem que Deus quer envolve todas as nações. O egoísmo do ser humano (pecado) não se rende ao bem de Deus e sempre deseja ter para si em detrimento das outras pessoas. O bem para seu povo sempre envolve todas as pessoas do povo. Enquanto alguns têm enormes privilégios e fartura, outros passam necessidade. Isso não é o bem de Deus. O profeta reafirma que Deus quer que todos vivam bem. Esse sempre foi o desejo de Deus para com seu povo e com toda a humanidade. Mas o próprio ser humano atrapalha Deus.
Jesus reafirma o desejo do Pai em fazer o bem a todos com sua própria morte e ressurreição. O problema é que remetemos a morte e a ressurreição de Jesus apenas para o nível espiritual, como se fosse possível separar este nível do nível social. Há uma integralidade inseparável do ser humano e para essa integralidade é que Jesus diz: O Filho do Homem veio buscar e salvar quem está perdido. A morte e a ressurreição de Cristo agem no nível espiritual, sem sombra de dúvidas, perdoando os nossos pecados e nos dando acesso à vida para sempre, com Deus. Mas isso não está separado da vivência do dia a dia onde nossas atitudes e ações são para expressar e materializar a salvação dada por Jesus. Elas não se separam. Por isso Deus permanece sempre querendo fazer o bem e Jesus veio buscar e salvar quem está perdido e perdido em si mesmo, vivendo só para si. Pensemos nisso, o Senhor é conosco e podemos ser uns pelos outros. (P. Luiz Carlos)
