O cuidado com os pobres e sofredores sempre foi uma exortação constante de Deus, através de profetas, sacerdotes e tantos mensageiros de Deus, para o povo de Israel. O povo, especialmente seus governantes, autoridades e abastados, deveria cuidar dos carentes de forma especial. O versículo de provérbios - quem persegue os pobres insulta a Deus - diz exatamente isso. Deus não é parcial. Muito pelo contrário, seu amor é igual para com todos os seres humanos. Porém, Deus olha, em primeiro lugar para as necessidades das pessoas. Ele não olha para raça, credo, posição social e política das pessoas. Ele olha para a necessidade que cada ser humano tem. Quem é pai ou mãe sabe disso muito bem. Damos atenção especial para filhas/os que têm maior necessidade no momento. Não deixamos de amar outras/os filhas/os, mas precisamos cuidar especialmente dos mais carentes no momento. O autor de Provérbios nos exorta a percebermos que querer tratar com igualdade quando a desigualdade é gritante, ofende a Deus. É preciso olhar o que a pessoa está necessitando no momento. A justiça do ponto de vista de Deus, não é dar igual a todos, mas dar segundo a necessidade de cada um.
Paulo, por seu lado, traz uma exortação para a convivência e o testemunho pessoal, e comunitário, da Igreja no seu dia a dia. Tratar bem a todos é uma necessidade dos cristãos. Precisamos ser encontrados, por Cristo, praticando o amor e o cuidado para com o nosso próximo. Não fazer distinção entre as pessoas é uma das formas de vivenciarmos isso. Aqui, Paulo está unido a Tiago que nos exorta a não fazermos distinção entre ricos e pobres. Porém, tratar com a mesma deferência quem quer que seja. Isso também significa tratar a cada um conforme a sua necessidade. Nisso está o maior respeito que podemos ter para com a pessoa e para com o Senhor Jesus e seu Evangelho. Vamos olhar as necessidades de nosso próximo e fazer com elas determinem nossa atitude para com ele. Façamos isso.