O profeta Naum está exortando o povo a temer ao Senhor e andar pelos seus caminhos, evitando o mal e o pecado. Ele diz que Javé é paciente, mas não aceita o mal contra o próximo. O profeta está falando especialmente à cidade de Nínive, símbolo do poder assírio. Ao mesmo tempo, ele diz para o povo confiar na libertação que o Senhor dá. A maldade assíria será castigada e Judá não precisará mais temer, e terá descanso e paz sob a mão do Senhor. Havia muito medo do castigo de Deus sobre os pecados cometidos. Tanto era, que os profetas anunciavam que os males acontecidos tinham sua origem na infidelidade de Israel para com Deus e eram resposta do Senhor para os pecados feitos. O povo, suas várias lideranças, precisavam emendar seus caminhos e viver conforme a vontade de Javé, o Senhor. O povo haveria de sofrer, por causa de seus pecados, mas no final os culpados seriam castigados por Deus e a paz viria sobre os que procuravam, de fato, fazer a vontade do Senhor.
Nós, cristãos, sabemos que o perdão pleno e definitivo veio em Jesus. Não precisamos mais temer o castigo divino, pois foi colocado sobre Jesus. O que precisamos é evitar repetir os erros cometidos e assim mostrar que nosso arrependimento é verdadeiro e queremos uma nova vida, sob a graça e a misericórdia do Senhor. Jesus nos deu perdão e podemos confiar nisso. Somos motivados, e desafiados, a perdoar os que erram conosco e buscar o perdão de quem ofendemos e machucamos. O Senhor é paciencioso, como diz Pedro, e espera que reconheçamos nosso erros e peçamos o perdão necessário. Quando alguém nos pede perdão, e aceitamos perdoar, praticamos o gesto de Jesus para com quem nos ofendeu. Não podemos retirar o perdão. Quando pedimos perdão a alguém, e recebemos, praticamos o gesto que Jesus exorta a fazer quando diz para deixar a oferta no altar a acertar as ofensas com nosso próximo. Ao dar ou receber perdão estamos praticando o amor de Deus, o qual é o mais importante, que quer refazer as relações e nos trazer paz. Paz por aliviar nossos erros e paz por tirar de nós o desejo de vingança para com quem nos machucou, mas reconheceu seu erro e nos pediu misericórdia. Deus é amor e quer que amemos assim também. Façamos assim.