O autor de Eclesiastes nos exorta a percebermos que o dinheiro pode se tornar tudo na vida, e colocarmos o coração nelas, mesmo que às vezes consigamos disfarçar de certa forma. Porém, mostramos nosso apego ao dinheiro quando nossos objetivos na vida são relacionados com o dinheiro e as posses que ele traz. Amar o dinheiro faz com que as pessoas, e suas necessidades e carências, especialmente as pessoas pobres, se tornam um incômodo em nosso caminho e procuramos nos afastar delas. Amar o dinheiro faz com que se olhe mais os erros das pessoas carentes (fuma, bebe, se droga, fede, não trabalha...) do que o ser humano sofredor que está atrás daquele rosto. Amar o dinheiro se mostra quando tenho necessidades quase obsessivas de mostrar os bens adquiridos e as obras feitas. Amar o dinheiro se mostra quando as obras e construções feitas têm o objetivo de serem vistas como tal e não por causa da utilidade para a qual foram erguidas. Quando amamos o dinheiro, ele dirige nossa vida e vivemos em função dele. Por isso a Bíblia, tantas e tantas vezes, exorta a não vivermos como reféns das posses, bens e do dinheiro.
Jesus, por seu lado, nos manda colocarmos nossa fé nele e no que Ele fez pelo ser humano, trazendo perdão e salvação e nos tornando novas criaturas. E nos diz para não nos apegarmos ao dinheiro, porém colocá-lo a serviço do pobre e do necessitado. Ele enxergava o ser humano carente em cada pessoa que convivia com Ele. Ele enxergou isso nos pobres, nos doentes, nos sofredores, como também em Zaqueu, um rico sofredor com a falta de Deus. Jesus nos diz para arranjar bolsas que não se estragam e guardam as riquezas nos céu, isto é, precisamos aprender a colocar nossas posses e bens no céu, ou seja, no cuidado com o carente, com o pedinte, com o faminto, com o abandonado, com os pequeninos que são o reflexo e a presença de Cristo ao nosso lado. Por isso Ele diz que aquilo que for de fato importante para nossa vida, terá o empenho do nosso coração. Sigamos a Cristo.