Cheio de que Espírito mesmo?

03/06/2019

“...de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso ... e todos ficaram cheios do Espírito Santo...” (Atos 2.2a e 4.a)

Algumas pessoas cristãs, a boca pequena, dizem por aí que o Espírito Santo anda afastado da Igreja nos dias de hoje.

De fato, cabe a pergunta: - O que foi que aconteceu com o entusiasmo inicial da igreja nascida no Pentecostes?

Cuidado! Não podemos subestimar o Espírito Santo. Ele está por trás da persistência de certas pessoas que ajudam outras necessitadas. Ele presenteia orças para associações e institutos que se comprometem com o bem comum. Ele se mostra nos dedos de bons instrumentistas. Ele se materializa na fantasia do corpo discente infantil e na confiabilidade de pessoas que mexem com dinheiros. Ele se esconde na intimidade de uma família e acolhe as pessoas que, alegremente, visitam um Culto para pessoas com dependência.

Ouso escrever que até a nossa consciência de pouco conhecimento Dele já é um fruto Dele mesmo. Martin Luther foi mais longe: - “Espírito é tudo o que o Espírito Santo opera em nós... portanto, todas as obras articuladas pelas pessoas cristãs tais como amar o cônjuge, criar filhas e filhos, governar a casa, honrar mãe e pai... são frutos do espírito”.

Bem! Então dá para se afirmar que todas as pessoas cristãs são servas, instrumentos que Deus usa para trazer da Sua luminosidade a terra.

A Festa de Pentecostes também nos lembra de que o Espírito Santo não se mostra de forma automática em nós. Muitas vezes estamos cheios de tudo um pouco e esse “tudo” tem pouco ou quase nada a ver com o Espírito Santo. Ora, por natureza não carregamos bons espíritos conosco. É assim que Ele tem que nos ser dado de novo e de novo, para nos satisfazer de novo e de novo.

Ou seja, o Espírito de Deus, que estava em Jesus Cristo, deve nos infectar com a energia da fé. Ele deve se aproximar de nós para que a nossa inércia e a nossa autossuficiência implodam. É assim que Ele rompe as barreiras que nós mesmos nos colocamos. E Ele faz isso tal e qual como no dia em que rompeu as trancas das portas que os discípulos, como medo do futuro, fecharam atrás de si.

Enfim, Pentecostes visa fazer com que pessoas estranhas ouçam o Evangelho. Quando uma pessoa cristã dá testemunho de sua fé, é comum estas ditas “pessoas estranhas” pensarem: - Humm! Estão falando numa linguagem que não conheço!”

Aqui, entendo que o trabalho caprichoso; que a tradução paciente; que a preparação cuidadosa de um Culto se iguala ao fruto do Espírito que aconteceu quando da compreensão daquelas pessoas da antiguidade que ouviram falar em suas próprias línguas “das grandes obras de Deus”.

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