Bate o Sino - Sinal da nossa fé

10/06/2017

 

Lado PALAVRA

BATE O SINO SINAL DA NOSSA FÉ 

André Daniel Lichtler 

Sino, sineta, sinuelo, campana, campainha, são alguns dos nomes dados a este instrumento sonoro que tem tantas formas e tamanhos como são os termos que o classificam. Conhecido há milênios em todas as culturas, o sino recebeu inúmeras funções durante sua história: a de simplesmente dar sinal para início ou término do que for (sino e sinal têm a mesma raiz etimológica); a função de, pendurado ao pescoço de um animal, manter o rebanho reunido; funções mágicas de espantar os perigos, entre outras.

O uso do som do sino como sinal para oração e culto foi copiado de monges egípcios por monges bretões e irlandeses lá pelo século IV. Esses monges também usavam sinos de mão em suas viagens missionárias pela Europa, com os quais chamavam as pessoas para ouvirem a Boa Nova. O sino é companheiro do órgão e do violão no que diz respeito à sua origem profana. Por isto sofreu também certa resistência por parte da igreja até que fosse completamente aceito.

A partir da Idade Média a arte de construir sinos foi se aprimorando, tanto no que diz respeito ao material de que foram feitos como também no tocante aos aspectos musicais. Torres e abrigos especiais foram construídos para sinos e jogos de sinos. Os sinos medievais tinham importantes funções para as cidades: alertas sobre grupos inimigos e incêndios, anúncio de festas, de novas leis (uma lei sem o som de sino não tinha valor!).

Como luteranos e luteranas herdamos certo carinho pelos sons dos sinos. Em certas comunidades o sino soa antes de começar o culto e ao final, emoldurando o culto. Em outras, o sino se faz ouvir durante a oração do Pai Nosso. As badaladas de Natal e de Páscoa são festivas. O sino soa solitário e lamuriante quando anuncia a morte de um membro. E se cala quando é sexta-feira da Paixão. Os sinos são um sinal da nossa fé.


Este estudo teve a linguagem revista e atualizada. A proposta integra o volume 3 da Coleção Palavração denominado “Graça e Fé: temperos para a vida”, publicado em 2003 pelo Departamento Nacional para Assuntos da Juventude da IECLB – DNAJ, sob a coordenação de Cláudio Giovani Becker e impresso por Contexto Gráfica e Editora (ISBN 85-89000-14-1).  


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