Dia Mundial de Oração 2009: Papua - Nova Guiné
Tema: “Em Cristo somos muitos membros mas um só corpo”
Estudo Bíblico 2
Texto: Novo Testamento Atos 4: 32-37
Texto-tema ou Sub-tema:
“Pensar e sentir do mesmo modo fortalece a fé em Jesus e une os cristãos para ação.”
Introdução:
Das narrativas nos capítulos de Atos, anteriores ao nosso texto para estudo, Atos 4: 32-37, nós podemos retirar algumas reflexões extraordinárias.
Este foi o começo da igreja primitiva, que era demodo geral constituída de crentes cristãos que vieram de diferentes países e origens. O seu grupo somava mais de 3000 pessoas (Atos 2: 9-10, 2: 41).
É nos dada uma breve visão de um surpreendente grupo de crentes, em Atos 2: 43-47, que era realmente um corpo em sua fé em Jesus Cristo, apesar de sua diversidade.
Então o texto para o nosso estudo revela que de fato havia uma comunidade cristã vibrante e generosa, que se amava e cuidava uns dos outros e de seu bem-estar, enquanto os apóstolos continuavam a testemunhar o ressurreto Senhor Jesus.
Pensar e sentir do mesmo modo:
O grupo de crentes da igreja primitiva veio de muitas nações, tornando-se assim um grupo multinacional. Entretanto é impressionante observar a sua excepcional “unidade de coração e mente”.
Os crentes tinham línguas, culturas e origens diferentes. Mas através de sua recém encontrada fé que o Espírito Santo criou no ressurreto Jesus Cristo, eles eram humildes e firmemente ligados entre si e foram internamente transformados em “um coração e uma mente”, testemunhando que “Em Cristo somos muitos membros, mas um só corpo”. (Atos 4: 32, 1 Coríntios 12: 13)
Dentro da unidade do corpo havia amor e paz, que eram compartilhados e desfrutados por todos os membros, como se fossem um, o que também se tornou evidente no seu repartir e apoiar uns aos outros em suas necessidades materiais. Eles foram inspirados e motivados a se tornarem um grupo de crentes cheio de compaixão e cuidado, e estavam prontos para expressar a sua fé e amor em ação. (Romanos 12: 13, 15: 2)
Além disso, em unidade e ação, os crentes também testemunhavam poderosamente sua nova fé, simpática ao mundo. Assim eles se tornaram co-evangelizadores com os apóstolos no trabalho do reino. (2 Coríntios 9: 12-13)
Repartindo os bens materiais
“Ninguém dizia que as coisas que possuíam eram somente suas” porque se eles podiam oferecer-se totalmente a Deus em primeiro lugar, então quaisquer bens materiais que tinham também pertenciam a Deus e ao grupo. Eles os usavam para mostrar seu verdadeiro amor uns para com outros e para intensificar a propagação da mensagem do Cristo ressurreto dentro do grupo e para o mundo. (v. 32b)
Eles mostravam uma atitude generosa em relação a sua riqueza material; todos repartiam uns com os outros tudo o que tinham. Ninguém reivindicava egoisticamente nada para si mesmo.
É interessante observar que o produto do que eles tinham vendido era distribuído “de tempo em tempo... para satisfazer as necessidades coletivas dos membros do grupo”.
“E não havia ninguém no grupo que estivesse em necessidade” ou ninguém era mais rico que os outros. Eles genuinamente amavam e cuidavam do bem-estar uns dos outros e ansiavam “vender os seus bens sempre que houvesse uma necessidade e humildemente colocavam o dinheiro diante dos apóstolos”. De certa maneira, eles tentavam livrar-se dos bens que poderiam impedir o progresso de sua fé e que poderiam ser destruídos, além de armazenar riquezas para si próprios no céu (Mateus 6: 19-21, 33). Havia paz e harmonia – cada um estava social, física e espiritualmente contente, pois eles tinham estabelecido suas prioridades de maneira certa.
Surpreendentemente cada um vivia de acordo com a sua fé e nome. Por exemplo, José, que significa “Possa Deus acrescentar” foi chamado de Barnabé pelos apóstolos, que significa “Filho da consolação”. Ele se tornou um verdadeiro consolador para os seus companheiros crentes com seu amor e fé em ação. E certamente Deus o abençoou grandemente e continuou acrescentando-lhe graça e ao seu grupo por causa da unidade na fé em Jesus. O ato de amor glorifica a Deus. (Atos 4: 36-37, 2 Coríntios 9: 13)
Pregando o Evangelho
“Com grande poder os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus” (Atos 4.33). Os apóstolos não se desviaram de sua principal missão no mundo de proclamar a mensagem de Jesus Cristo, de amor, paz e reconciliação com Deus e de uns para com os outros, começando em Jerusalém e expandindo para o resto do mundo.
Os seguidores também tinham a obrigação de receber, guardar e distribuir o dinheiro das vendas dos bens dos crentes, de acordo com as suas necessidades individuais. Eles asseguravam que as necessidades do corpo fossem cuidadas, a fim de que todos pudessem igualmente participar no trabalho de proclamação do Evangelho.
Era encorajador para os discípulos ver, que o que eles tinham pregado, já tinha criado raízes e começado a dar frutos neste grupo. E quão compromissados os apóstolos foram para assegurar que nada impedisse o seu crescimento em fé e amor na sua missão! Tanto os apóstolos como os crentes pregaram ativamente o Evangelho em palavras e ações.
E com as ricas bênçãos de Deus sobre todos, eles foram internamente capacitados para continuar a testemunhar vigorosamente ao mundo o restrito Senhor Jesus Cristo.
Aplicação
1. Hoje as igrejas cristãs estão rodeadas por uma sociedade que está mais preocupada com as posses materiais e a acumulação de bens.
Como podemos nós cristãos mostrar aos outros que nós pensamos e sentimos da mesma maneira, sendo membros do corpo de Cristo em nossas igrejas?
2. Em nossa Igreja, poderá haver outros membros que podem estar em necessidade. A necessidade pode ser emocional, espiritual, física ou social.
Qual a melhor maneira de expressar a nossa fé cristã aos nossos irmãos que estão em qualquer dessas situações?
3. A distribuição desigual de recursos e riquezas, e o sempre crescente distanciamento entre ‘os que têm e os que não têm’, é uma situação que também prevalece em Papua-Nova Guiné como em outros lugares e que freqüentemente afeta o trabalho da igreja.
Podem os cristãos fazer diferença aqui a fim de que o trabalho de evangelização continue a prosperar apesar dessas adversidades?
4. O mundo está verdadeiramente cheio de injustiça e desigualdade de todas as formas, na sociedade e nas igrejas, o que freqüentemente resulta em caos como alguns exemplos mostram.
Como parceiras no ministério de Jesus, podem as mulheres tornar-se agentes na criação de um ambiente de justiça, amor e paz para com os outros?
5. Nomes e dar nomes é sempre muito importante nas famílias, sociedade, cultura e na Igreja. Nomes levam consigo identidade, poder, caráter, dignidade e respeito, e o seu significado é freqüentemente cumprido, como José que foi chamado Barnabé no texto em estudo. Ao lado de nomes pessoais, nós somos coletivamente chamados Cristãos.
Descobrimos o significado de nossos nomes e verdadeiramente vivemos de acordo com eles?
