Assim como Deus nos ouve, vamos ouvir também

Senhas diárias

07/07/2020

SENHAS DIÁRIAS - 07.07.2020
Davi está passando por momentos difíceis. Ou quem sabe está apenas colocando num salmo sua confiança e sua experiência com os cuidados de Deus que teve ao longo de tantos momentos difíceis pelos quais já tinha passado. O mais importante é que ele está afirmando que o Senhor permanece presente em toda e qualquer situação da vida. Ele quer que seus ouvintes, a comunidade, também reconheçam isso e louvem a Deus da mesma forma, pois certamente todos têm uma, ou muitas razões, para agradecer e louvar ao Senhor. Ele até expressa sua aflição diante da situação, pois se sente abandonado e acha que o Senhor também não vai escutá-lo, mas expulsá-lo de sua presença. Mas não é assim. Ele termina o salmo afirmando, firmemente, que Deus está presente com ele e com todos que o buscam. Muitas vezes já nos sentimos assim. Parece que nossa oração não passa do teto da sala ou do local onde estamos orando. Parece que Deus tá nem aí para o que estamos falando. Há aflições que nos tiram a confiança e nos trazem a sensação de solidão e abandono por parte de Deus. Há situações em que gostaríamos que o Senhor agisse e acabasse com o mal que estamos enfrentando, mas isso não acontece de forma plena. Em outros momentos, o mal é superado e a dor é contida. O Senhor age do seu jeito. Davi sabe disso e nos ensina a manter a confiança também em momentos em que parece que o Senhor está passeando em algum lugar e fez feriado e assim não tem tempo para nós. O Senhor não desvia seu olhar de nossa vida e no seu tempo, do seu jeito, vai nos responder o clamor.
Bartimeu, o cego, ouviu falar que era Jesus e pôs a boca no mundo, pois sabia que talvez não houvesse outra chance para sua vida. Gritou, clamou e até foi repreendido pela multidão. Mas não parou. Jesus ouviu o cego e a repreensão da multidão. Decidiu atender o cego e ensinar à multidão jeito certo de agir com os frágeis e carentes de cuidados. Jesus entendia que Bartimeu não teria outras pessoas para ajudá-lo que não fosse a multidão e Ele próprio. As pessoas precisavam aprender que elas são a mão de Deus para os que as cercam. Jesus mandou a multidão chamar o cego e fez as pessoas perceberem que estavam sendo um empecilho, quando deveriam ser uma mão estendida para ajudar e animar para a vida. Ele quer nos ensinar também que Deus, o Pai, não rejeita qualquer pessoa, especialmente as que clamam por Ele. Quer nos ensinar que nós rejeitamos quando não ajudamos alguém por acharmos defeitos e supostas razões para fugir do compromisso com o necessitado. Jesus olha o coração de cada pessoa e não seu exterior. Precisamos aprender a fazer e agir da mesma forma. Precisamos enxergar o ser humano que está ali, carente, necessitado, apesar de nosso coração cheio de preconceitos. Aprendamos com Cristo.


Autor(a): P. Luiz Carlos
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste / Paróquia: Rio Claro (SP)
Área: Confessionalidade / Nível: Confessionalidade - Prédicas e Meditações
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 57620
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A misericórdia de Deus é como o céu, que permanece sempre firme sobre nós. Sob este teto, estamos seguros, onde quer que nos encontremos.
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