Os sábios de Israel, os teólogos, juristas, políticos ouviam sem respirar. As pessoas simples do povo também se surpreenderam, os punhos cerrados se abriram. Certamente a acusação surgira de um mal entendido em uma discussão acalorada. Sim, esta é a impressão que tem qualquer pessoa que lê o texto até o verso 38. Porém, agora vem a ducha de água fria, a inacreditável realidade: a ele, o Salvador, o seu “Moisés”, “não quiseram obedecer, antes o repeliram...” Que escândalo! Mal o presente de Deus chegou ao mundo e já foi rejeitado ((Sl 106.6, 7, 13 e 21). Mal o pacto havia sido firmado (Êx 19.8), mal o choque com a presença viva de Deus havia se dissipado (Êx 20.18-21), mal as coisas não aconteceram como eles haviam imaginado – e Deus simplesmente foi rejeitado e os deuses introduzidos (Êx 32.1).
“Irmãos e pais”, temos belas histórias para contar. Tivemos grandes homens para conduzir-nos. Temos uma lei singular, que nos traz vida. Mas – o que é feito disso? Continuamente vocês estão em conflito com Deus! Desde a saída do Egito, depois no deserto e agora nesta terra vocês têm um contínuo problema “de coração” – Atos 7.39b. É uma história de um pouco de amor, um pouco de obediência, um pouco de entrega. Vocês sempre acham que a felicidade está onde Deus não está. E em algum momento Deus não esteve mais conosco. O exílio babilônico foi a oportunidade de conscientizar-se disto. Mas isto também requeria muito esforço.
– Fica a pergunta: O que nós temos feito com o grande presente que Deus nos deu (Rm 6.23; Ef 2.8; 2 Tm 1.6)?
