No livro de Atos vemos o crescimento da comunidade na sua forma mais bela. Depois de ter removido a mentira e a hipocrisia, o Espírito Santo presenteou-os com um extraordinário tempo para os doentes e aflitos. A nova aliança firmada por Cristo teve suas conseqüências: Jeremias 31,31; Lucas 22.20; 2 Coríntios 3.6; Hebreus 8.13. O Espírito Santo na comunidade era também médico e salvador. As pessoas afluíam de todos os lados para Jerusalém. Os discípulos experimentaram o poder das palavras do Senhor. Foi ele quem lhes deu “autoridade sobre espíritos imundos para os expelir, e para curar toda sorte de doenças e enfermidades” (Mt 10.1). Com o entusiasmo daqueles dias misturava-se um pouco de superstição do povo. Havia falatórios sobre a “milagrosa sombra de Pedro”. Lucas relata os fatos de forma objetiva, contudo, nada lemos a respeito de alguma cura que aconteceu pela “projeção” da sombra de Pedro. Aquele foi realmente um tempo sagrado, cheio de vida, de milagres e de misericórdia. Todo aquele que quisesse tinha oportunidade de mudar sua antiga forma de pensar e de agir e começar tudo de novo com Jesus e para Jesus. Ninguém mais precisava esconder-se. Ficavam publicamente no templo. A antiga Torá, as Escrituras do Antigo Testamento, foi explicada pelos discípulos de forma nova. A palavra de Deus estava no centro do culto.
Os líderes assistiam de longe, com desconfiança a esta forma de vida alegre e animada. Céticos, ficavam observando, mas (ainda) não levantaram nenhuma discussão sobre esta afluência aos apóstolos. Não ousaram falar mal deles ou tratá-los como charlatões (v.13). Quando Deus havia se manifestado por meio de alguma pregação como o fazia agora pelos apóstolos? A inveja surgiu no coração deles e começou a corroê-los.